Question

1. Leia estas duas estrofes do poema “No mundo há muitas armadilhas", de Ferreira Gullan [...] Estás preso à vida como numa jaula. Estamos todos presos nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver de fora e nos dizer; é azul. E já o sabíamos, tanto que não te mataste e não vais te matar E aguentarás até o fim. O certo é que nesta jaula há os que têm e os que não têm há os que têm tanto que sozinhos poderiam alimentar a cidade e os que não têm nem para o almoço de hoje. [...] Ferreira Gullar. No mundo hã muitas armadilhas. Jornal tia Unicamp, Campinas, n. 384, p. 5,2 a 15 jul. 2002. Relativamente aos elementos textuais destacados nesses versos, identifique a afirmação incorreta: a) Na primeira estrofe, o pronome oblíquo “nos" remete ao eu lírico e ao seu interlocutor, conjuntamente; o oblíquo “te” remete unicamente ao interlocutor do eu lírico. b) Em “nesta jaula", o demonstrativo foi empregado adequadamente para indicar algo próximo do eu lírico: a jaula em que ele próprio se sente preso. c) Em “há os que têm", o primeiro pronome classifica-se como demonstrativo; o segundo, como relativo. d) Os vocábulos “todos" e “certo" são, ambos, pronomes indefinidos. e) Em "E já o sabíamos”, o demonstrativo “o" equivale a uma oração implícita no contexto: E já sabíamos que a jaula (a Terra) era azul.

Answer 1

ALTERNATIVA E 

Na verdade, a expressão "já o sabíamos" remete a frase seguinte: "tanto que não te mataste e não vais" e não à expressão anterior que a jaula era azul. Se fosse referência a frase anterior, o autor iniciaria a ideia sobre o suicídio em uma nova frase e não deixaria com essa conexão, ou seja, não colocaria uma vírgula, mas sim um "e" para mostrar continuidade de duas ideias diferentes. 
Sendo assim, o termo "o" faz referência a ideia de que ambos sabiam que o interlocutor não se mataria.   

Answer 2

Resposta:

D

Explicação:

...