1. Leia a crônica “Sketches”, de Luís Fernando Veríssimo.
Dois homens tramando um assalto.
- Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamo rendê o caixa bonitinho. Engrossou, enche o cara de chumbo.
Pra arejá.
- Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá.
- Tá com o berro aí?
- Tá na mão.
Aparece um guarda.
- Ih, sujou. Disfarça, disfarça...
O guarda passa por eles.
- Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído pela fenomenologia de Feurbach.
- Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18...
O guarda se afasta.
- O berro, tá recheado?
- Tá.
- Então, vamos lá!
Com relação à noção de variações linguísticas, considere as afirmações abaixo a partir do fato narrado na crônica. Está incorreto:
a) ( ) Os dois assaltantes usam a gíria típica de malandros e mudam o nível de linguagem para disfarçar quando o guarda se aproxima.
b) ( ) Quando o guarda se aproxima, os dois malandros passam a falar sobre filosofia numa linguagem culta para impressiona-lo, dando a impressão de serem intelectuais.
c) ( ) A crônica mostra que há um preconceito com relação ao nível de linguagem que usamos, e, por isso, ela é um fenômeno de exclusão social.
d) ( ) Por ser um estilo coloquial, a gíria só é usada por pessoas de baixa escolaridade, como, por exemplo, assaltantes.
2. Refaça o texto da 1ª questão, transformando a linguagem em culta/padrão. Nesse caso não aparecerão mais as gírias e outras substituições serão feitas
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Resposta:
calma aí vai dar tudo certo
Explicação:
texto bem grande né
variavel29:
doente ♂️
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