1-Identifique o tipo de documento, seu autor, o lugar e a época em que foi produzido
2-Identifique e descreva as personagens do dialogo e o tema da conversa.Que tipo de relação existe entre elas?
3-O dialogo ficcional , pode ser relacionado a vida politica brasileira na Primeira Republica?Justifique
4-Qual teria sido a intenção do autor ao escrever essa cronica?Identifique os trechos do texto que justifique sua resposta
5-A pratica politica ironizada na cronica é conhecida como "clientelismo".Esse tipo de pratica continua a ocorrer na vida politica brasileira?
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Soluções para a tarefa
O documento é uma Crônica de nome "O chefe político e o seu eleitor " e foi produzida pelo jornalista Lima Barreto. Ela foi publicada no Rio de Janeiro em 1919.
2 - Identifique e descreva as personagens do dialogo e o tema da conversa.Que tipo de relação existe entre elas?
A crônica trata-se da discussão entre um chefe político e seu eleitor a respeito do voto do eleitor. Ao longo do diálogo nota-se que o chefe político já forneceu ajuda ao eleitor de diversas formas e em troca esperava seu apoio ao candidato escolhido por ele, o que não acontece.
3 - O dialogo ficcional , pode ser relacionado a vida politica brasileira na Primeira Republica?Justifique
Sim. A República velha ficou marcada pela formação políticas de alianças para a ocupação da presidência e liberdade dos governadores.
4 - Qual teria sido a intenção do autor ao escrever essa cronica?Identifique os trechos do texto que justifique sua resposta
Ao longo do diálogo o autor tenta mostrar ao leitor a importância do voto e da escolha do seu candidato, para o futuro de sua vida e do seu país.
5 - A pratica politica ironizada na cronica é conhecida como "clientelismo".Esse tipo de pratica continua a ocorrer na vida politica brasileira?
Sim. ainda hoje o clientelismo, prática de privilegiar um conjunto de eleitores em troca de seus votos, é muito presente na vida política brasileira.
1) O chefe político e o seu eleitor, pelo autor Afonso Henriques de Lima Barreto em 1919, no Rio de Janeiro.
Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto, criticou bastante a República Velha, e não concordava com o patriotismo exacerbado, por criticar as regalias existentes na época, para os aristocratas e os militares.
Deste modo, em todas as suas obras, ele exaltava as pessoas que vinham de uma classe social mais baixa, para que os seus direitos fossem reestabelecidos. Porém, a sua forma de escrever e o seu posicionamento diante da realidade que se apresentava, não deixou todas as pessoas agradáveis, de modo que os seus colegas de trabalho que eram modernos, não aprovavam o seu trabalho.
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2) O chefe político (que almejava que o eleitor votasse em alguém que era benéfico para si) e o eleitor, que não queria mais satisfazer os desejos do chefe político.
Os personagens do diálogo, são o chefe político que almejava que o eleitor votasse em uma pessoa determinada comprando o voto, e o eleitor que não queria mais votar nessa pessoa, por ser contrária a suas ideologias.
A relação existente entre os personagens e o tema, é que o chefe político esperava conseguir comprar o voto do eleitor para alguém específico do seu interesse, por já ter feitos inúmeras bondades para a família do eleitor, entretanto, o eleitor é insistente em afirmar que não votaria nessa pessoa, e sim no chefe político, caso ele se candidatasse novamente.
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3) O diálogo ficcional pode ser relacionado a vida política brasileira na primeira república, pois existia muita compra de votos, e diálogos como o que ocorreu no texto acima, eram bastante comuns.
Na primeira república, o período chamado de coronelismo, havia o denominado voto de cabresto, onde havia compra de votos de maneira massiva, onde os coronéis mandavam os eleitores irem votar, em troca de trabalho, lar para si e sua família, dinheiro, promessas de crescimento no cargo que ocupava, dentre outros.
Um dos presidentes do Brasil que mais massificou a utilização da compra de votos na Velha República, fora Campos Salles, onde incentivava os coronéis a manterem determinada política, oferecendo diversas regalias em troca.
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4) A intenção do autor em escrever essa crônica é mostrar como era comum a prática de compra de votos na Velha República, de modo que os coronéis a todo custo almejavam manipular o eleitor.
Sendo assim, a verdadeira intenção do autor foi demonstrar, que, além de a prática ser muito comum naquela época, que é bastante importante saber escolher em quem vai votar, porque esta pessoa irá governar o eleitor, a família dele e todos que o cercam, então é de suma importância possuir consciência e saber o histórico do candidato antes de realizar a votação.
Determinada questão, pode ser claramente verificada nessas passagens:
"[...]Vou contar. Trata-se - não é verdade? - de escolher o homem que vai governar isto tudo. Quero dizer que ele vai governar todos os brasileiros, inclusive eu. [...]"
"[...]Espere doutor! Pensei, então, eu cá com os meus botões: vou escolher uma pessoa que deve mandar em mim, na minha mulher, nos meus filhos, na minha casa até - preciso cuidado. Não é doutor?[...]"
"[...]Um homem que vai ter tanto poder sobre mim, sobre os meus e sobre as minhas coisas para ser escolhido por mim mesmo, deve ser meu conhecido velho. Voluntariamente pela minha própria vontade, vou escolher um dono para mim, e sendo assim o meu dever é estar inteirado do sujeito que é - não acha? [...]"
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5) A prática política conhecida como "clientelismo", ainda é presente no cotidiano brasileiro, haja vista, mesmo nos dias atuais existem eleitores que se corrompem devido a compra de votos.
Portanto, determinada prática ainda é bastante comum nos dias de hoje, pessoas oferecem dinheiro, principalmente em locais mais humildes onde não se tem saneamento básico e infraestrutura, em troca dos votos, de modo que as pessoas não pesquisam sobre o histórico do candidato e privilegiam outras necessidades (fome, subsistência de sua família) em troca de votos.
Entretanto, esta prática é crime eleitoral de acordo com o código eleitoral, ante o oferecimento de quaisquer vantagem, por votos em pessoas específicas.
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