1)
Formas violentas de tratamento a determinados grupos sociais específicos de nossa população, denominados anteriormente, selvagens e hoje os mais pobres e os negros, não é apenas uma pauta do passado. A mídia possui um papel importante na difusão de ideias de que bandidos devem morrer, não existe um esclarecimento sobre quem possa ser esse "bandido", qual é a sua história de vida, a qual sistema de violência, seja do Estado ou da Sociedade, também foi vítima e que tipo de tratamento recebe ou possa receber na prisão. Há que se discutir e caminhar para uma solução de forma humanizada o problema da criminalidade, atacando suas causas, as desigualdades sociais, acesso ao trabalho, moradia, educação e o respeito ao direitos humanos.
Existe uma memória latino-americana atravessada por crimes contra a humanidade e baseado nesse contexto, analise as afirmações a seguir:
I - O tráfico de escravos e a escravidão, foram perpetuados por séculos no Brasil para sustentar nossa economia agrário-exportadora.
II - Barbáries perpetuadas contra negros eram justificadas pela ideia de que esses não eram homens, e sim animais.
III - Os negros não pertenciam à “humanidade”, portanto não podiam nem mesmo ser tratados como súditos, apenas como animais.
IV - O genocídio contra os negros deixou de ocorrer no Brasil.
Está correto apenas o que se afirma em:
Selecione uma alternativa:
a)
I, II, III e IV
b)
I, II e III apenas.
c)
I e II apenas.
d)
I e III apenas.
e)
IV apenas.
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Resposta:
b) I, II e III apenas.
Explicação:
A recente divulgação do Atlas da Violência no Brasil, demonstra que 131 anos após a abolição da escravidão, o Brasil segue naturalizando o assassinato estatal do corpo negro, utilizando-se de dispositivos legais como política de distribuição racional da morte, que permanece vitimando a população periférica e negra. O relatório, elaborado com registros oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), aponta que 75% das vítimas de homicídio no País são negras, maior proporção da última década. Um dado escandaloso para um país que constitucionalmente considera racismo um crime imprescritível e inafiançável.
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