Artes, perguntado por yrispaola989, 7 meses atrás

1)
Faça uma pesquisa de outros costumes e rituais dos Xavante. me ajuda por favor ​

Soluções para a tarefa

Respondido por alexdeco2011
7

Resposta:

ok, a reposta está na explicação.

Explicação:

O Projeto Wazu’ri’wá de visitação à aldeia Etenhiritipá é uma estratégia do povo Xavante para manter sua tradição e território para as futuras gerações. Wazu’ri’wá é o desbravador, o guerreiro que vai à frente para reconhecer o terreno, definir os caminhos, conhecer os locais, aprender com a viagem, com a natureza e com as novas culturas que encontrar pela frente. Para se fortalecer, levar o aprendizado para casa e preparar o caminho para o restante da aldeia.

Aqui, as informações sobre o programa.

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Enquanto nós, os warazu, os estrangeiros que chegamos a esta terra uns 500 anos atrás enfrentamos o caos nas grandes cidades, no meio do cerrado, a aldeia Etenhiritipá se junta para comemorar a formação de mais uma geração de guerreiros. Os meninos do povo Xavante que ficaram reclusos por cinco anos no Hö, a Casa dos Adolescentes, finalmente cumprem o ritual final para a furação de orelhas e seu retorno para o convívio social.

Uma tradição passada de geração a geração desde que o povo Xavante, os Auwê Uptabi, povo verdadeiro, começou a existir, milhares de anos atrás. Os meninos que ficaram reclusos por tantos anos aprenderam com seus padrinhos os ensinamentos fundamentais, a arte da convivência, as estratégias da caça e da vida. Fortaleceram seus corpos e espíritos em muitos treinamentos duros para se tornarem adultos saudáveis, autônomos, capazes. Formam-se agora guerreiros para darem continuidade à tradição e protegerem seu território que, mesmo demarcado desde o final da década de 70, segue sofrendo ameaças de todo tipo.

As tradições Xavante estão fortes em Etenhiritipá. Mulheres e homens seguem vivendo com os valores e princípios que aprenderam e transmitem para as novas gerações, que valorizam a identidade e seu modo de vida. São grandes conhecedores do cerrado, de todos os recursos que a natureza rica e diversa lhes garante, mas sem deixar de refletir e buscar soluções para os desafios que as comunidades indígenas, de modo geral, enfrentam, como a dependência dos alimentos industrializados e os graves e irreversíveis problemas de saúde decorrentes, o uso de bebidas alcoólicas e de drogas e a invasão das seitas religiosas que interferem de maneira desastrosa no modo de vida, nos princípios e valores das comunidades, levando os povos à desestruturação.

Esse povo tão tradicional e ao mesmo tempo consciente dos riscos e ameaças também é pioneiro nas estratégias de relação com os warazu e na busca de soluções para seus desafios, desde a década de 1940, quando finalmente cederam ao contato com os brancos. Foi ali mesmo, no território que ficou conhecido como Pimentel Barbosa, liderados pelo grande chefe Ahopoen (Apoena), que os Xavante decidiram que era melhor pacificar os brancos para que eles não massacrassem o povo. Foi uma decisão difícil entre seguir resistindo, na guerra, ou aceitar o contato. Mas esses velhos sábios tinham uma estratégia: pacificar os estrangeiros e seguir dentro de seu território e tradição. E assim fizeram, impedindo a entrada das missões religiosas e mantendo autonomia em relação ao Serviço de Proteção ao Índio e depois à Funai.

Em mais uma decisão estratégica importante, esses mesmos anciãos decidiram enviar para a cidade grande oito meninos da aldeia para que aprendessem o português e o pensamento dos warazu. Essa saga dos meninos está registrada no livro “Entre dois Mundos” (Angela Pappiani, Ed. Nova Alexandria) e no documentário “Estratégia Xavante” ( Giros/IDETI, 2007). Os relatos sobre o contato podem ser conhecidos no livro “Wamrème Za’ra – Nossa Palavra, Mito e história do povo Xavante” ( Núcleo de Cultura Indígena/ Editora SENAC SP/ 1998) .

Na década de 80, percebendo os efeitos da ocupação e destruição do cerrado no entorno do território, mais uma vez o Warã, o conselho tribal que se reúne todos os dias e delibera sobre as questões que afetam a comunidade, decidiu buscar ajuda fora para proteger o patrimônio fundamental para sua vida.

E assim, numa manhã fria de junho de 1985, tive o meu primeiro contato com os A’uwe Uptabi. Na sede do Núcleo de Cultura Indígena, onde trabalhava, recebemos uma ligação telefônica avisando que um grupo de Xavantes chegara a São Paulo e queriam conversar com Ailton Krenak, que dirigia essa organização.

Desse primeiro contato com os Xavante de Pimentel Barbosa, surgiu uma amizade e uma parceria que atravessou três décadas, com trabalhos importantes e inovadores.


Narutohh: ta garai vo nem le
alexdeco2011: a nem deu trabalhopra escrever sabia?
roselimoura567: imagina eu
roselimoura567: ❤️
alexdeco2011: :)
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