1) Explique como estava o contexto politico- econômico europeu quando ocorreu a transferência da família real portuguesa para o Brasil (1808).
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A Revolução Industrial ainda era restrita à Inglaterra e as colônias americanas se rebelavam contra o pacto colonial mercantilista. O imperador francês Napoleão dominava a maior parte da Europa, nos países absolutistas ele abolia o feudalismo (estabelecia a igualdade civil), só não conseguiu invadir sua maior inimiga, a Inglaterra (superioridade naval). Entre 1807 e 1808, passou a investir contra a Espanha (foi dominada) e Portugal. O pretexto para invadir Portugal foi ter desobedecido o Bloqueio continental (1806) que proibia os países de comerciar com os ingleses.
RaíSilva:
Muito obrigado.
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5
Quando a corte veio para o Brasil, a situação na Europa estava um horror.
Napoleão Bonaparte e seus exércitos destronavam reis e conquistavam reinos (um reino eles não conseguiram, e Inglaterra).
Por isso Napoleão ordenou que todos os reinos da Europa fechassem seus portos, suas colônias e predescem os Ingleses residentes em seus territórios, seguido de confisco de bens. Quase todos os reinos acataram suas ordens, mas não Portugal.
O pequeno e frágil Reino de Portugal não era mais o mesmo dos tempos de Pedro Álvares Cabral e Cristóvão Colombo, e sim um Reino antiquado, extremamente católico. Fiel aliada da Inglaterra, Portugal não cedeu a Bonaparte, que escreveu uma carta dizendo que caso Portugal não sedesce as suas ordens, a Dinastia dos Bragança (Família Real Portuguesa) não reinaria mais na Europa dentro de dois meses, um tempo rápido se imaginarmos que uma carta para ir de Paris a Lisboa demorava 3 semanas.
Você pode imaginar que era fácil, Portugal deveria seder, mais não era bem assim. Portugal passava por maus bocados no período, o Príncipe Regente Dom João Vi, que governava em nome de sua mãe, a Rainha Maria I, que havia enlouquecido, além disso Dom João, como filho mais novo, não havia sido criado para governar o Reino, e passou a ter essa função após a morte de seu irmão. o Príncipe era medroso, gordo (não que isso seja defeito) e sem opinião. Sempre acabava sedendo a última pessoa que com ele falasse.
Embora a maior parte da corte concordasse que a família real deveria seder aos franceses, tudo mudou quando duas semanas após a carta de Napoleão, todos ficaram sabendo que as tropas Inglesas bombardearam Copenhague, reduzindo a cidade a nada, e depois saquearam, tudo além de destronar o rei dinamarquês.
Ou seja, as opções de Dom João eram aceitar as ordens de Napoleão e aceitar o "troco" inglês, ou ser fiel a Inglaterra, como sua dinastia fazia a séculos e ser destronado.
Dom João acabou obtando pelos dois. Fingiu seder a Napoleão, enquanto negociava com a Inglaterra uma frota de navios para a fuga.
Ao final, acabaram sobrando três dias para todos os preparativos. Imagine só, avisar as famílias mais importantes, levar os padres a Lisboa, juntamente com reliquias religiosas, encaixotar toda biblioteca Real, (uma das maiores da Europa) esvaziar os palácios e colocar toda a sua mobília em navios, avisar e trazer levar tudo do palácio de Queluz em carruagens (que fica a 18km de Lisboa), além de convencer a Rainha Louca, que dizia que era tentação do demo, a Princesa Carlota Joaquina, que acusava o marido de medroso, estudido e lacaio dos ingleses. Isso sem falar do Príncipe Dom Pedro IV de Portugal, ou Dom Pedro I do Brasil, que chegou a tentar se esconder em casas noturnas ( as quais já era conhecido).
O plano da vinda da corte não era jovem, poucos anos antes o Príncipe Regente enviou um decreto para o Brasil, pedindo que os brasileiros receberem bem seu primogênito, Dom Pedro, mas o decreto logo foi revogado.
Mas agora imagine se você acordasse e soubesse que a três dias o Palácio do Planalto negocia com Washington uma frota de aviões, para levar o Presidente, todos os deputados, senadores, prefeitos e vereadores, militares, juízes, juntamente com os maiores empresários do país, e todos acompanhados por suas famílias, e que tropas argentinas já marcham em Sao Paulo, e estão em direção a Brasília. O sentimento dos portugueses foi muito parecido, mas no caso deles era pior. Por ser uma monarquia absolutista, o rei mandava em tudo em Portugal, com a ajuda dos nobres, e todos embarcaram para o Brasil.
Durante a pressa do embarque, diversas coisas foram esquecidas no porto.
E já que as águas do Tejo ( rio que banha Lisboa estavam calmas, os navios não se mechiam, assim como não estavam próximos o bastante para as balas dos canhões lhe atingirem, e daí bem a frase:
-Eles ficaram a ver navios.
Napoleão Bonaparte e seus exércitos destronavam reis e conquistavam reinos (um reino eles não conseguiram, e Inglaterra).
Por isso Napoleão ordenou que todos os reinos da Europa fechassem seus portos, suas colônias e predescem os Ingleses residentes em seus territórios, seguido de confisco de bens. Quase todos os reinos acataram suas ordens, mas não Portugal.
O pequeno e frágil Reino de Portugal não era mais o mesmo dos tempos de Pedro Álvares Cabral e Cristóvão Colombo, e sim um Reino antiquado, extremamente católico. Fiel aliada da Inglaterra, Portugal não cedeu a Bonaparte, que escreveu uma carta dizendo que caso Portugal não sedesce as suas ordens, a Dinastia dos Bragança (Família Real Portuguesa) não reinaria mais na Europa dentro de dois meses, um tempo rápido se imaginarmos que uma carta para ir de Paris a Lisboa demorava 3 semanas.
Você pode imaginar que era fácil, Portugal deveria seder, mais não era bem assim. Portugal passava por maus bocados no período, o Príncipe Regente Dom João Vi, que governava em nome de sua mãe, a Rainha Maria I, que havia enlouquecido, além disso Dom João, como filho mais novo, não havia sido criado para governar o Reino, e passou a ter essa função após a morte de seu irmão. o Príncipe era medroso, gordo (não que isso seja defeito) e sem opinião. Sempre acabava sedendo a última pessoa que com ele falasse.
Embora a maior parte da corte concordasse que a família real deveria seder aos franceses, tudo mudou quando duas semanas após a carta de Napoleão, todos ficaram sabendo que as tropas Inglesas bombardearam Copenhague, reduzindo a cidade a nada, e depois saquearam, tudo além de destronar o rei dinamarquês.
Ou seja, as opções de Dom João eram aceitar as ordens de Napoleão e aceitar o "troco" inglês, ou ser fiel a Inglaterra, como sua dinastia fazia a séculos e ser destronado.
Dom João acabou obtando pelos dois. Fingiu seder a Napoleão, enquanto negociava com a Inglaterra uma frota de navios para a fuga.
Ao final, acabaram sobrando três dias para todos os preparativos. Imagine só, avisar as famílias mais importantes, levar os padres a Lisboa, juntamente com reliquias religiosas, encaixotar toda biblioteca Real, (uma das maiores da Europa) esvaziar os palácios e colocar toda a sua mobília em navios, avisar e trazer levar tudo do palácio de Queluz em carruagens (que fica a 18km de Lisboa), além de convencer a Rainha Louca, que dizia que era tentação do demo, a Princesa Carlota Joaquina, que acusava o marido de medroso, estudido e lacaio dos ingleses. Isso sem falar do Príncipe Dom Pedro IV de Portugal, ou Dom Pedro I do Brasil, que chegou a tentar se esconder em casas noturnas ( as quais já era conhecido).
O plano da vinda da corte não era jovem, poucos anos antes o Príncipe Regente enviou um decreto para o Brasil, pedindo que os brasileiros receberem bem seu primogênito, Dom Pedro, mas o decreto logo foi revogado.
Mas agora imagine se você acordasse e soubesse que a três dias o Palácio do Planalto negocia com Washington uma frota de aviões, para levar o Presidente, todos os deputados, senadores, prefeitos e vereadores, militares, juízes, juntamente com os maiores empresários do país, e todos acompanhados por suas famílias, e que tropas argentinas já marcham em Sao Paulo, e estão em direção a Brasília. O sentimento dos portugueses foi muito parecido, mas no caso deles era pior. Por ser uma monarquia absolutista, o rei mandava em tudo em Portugal, com a ajuda dos nobres, e todos embarcaram para o Brasil.
Durante a pressa do embarque, diversas coisas foram esquecidas no porto.
E já que as águas do Tejo ( rio que banha Lisboa estavam calmas, os navios não se mechiam, assim como não estavam próximos o bastante para as balas dos canhões lhe atingirem, e daí bem a frase:
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