História, perguntado por MurilloCarvalho, 10 meses atrás

1- Explique como começaram as universidades na idade média 2- O que é a escolástica? Explique.

Soluções para a tarefa

Respondido por mariaeduarda1231442
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Resposta:

1-As universidades medievais foram fundadas por volta de 1150, no contexto do Renascimento do Século XII. Essas instituições são o ponto de partida para o modelo de universidade que temos até hoje. Trata-se não apenas de instituições de ensino: a universidade medieval era também o local de pesquisa e produção do saber, era também o foco de vigorosos debates e muitas polêmicas - o que fica evidente pelas crises em que estas instituições estiveram envolvidas e pelas muitas intervenções que sofreram do poder real e eclesiástico.

As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito, medicina e teologia. A parte central do ensino envolvia o estudo das artes preparatórias, ou artes liberais; o trivium (trívio): gramática, retórica e lógica; e do quadrivium (quadrívio) : aritmética, geometria, música e astronomia. Depois disso, o aluno podia realizar os estudos mais específicos. As universidades medievais eram voltadas para o enobrecimento do espirito dos homens, tornar mais alta sua virtude (virtú). As mulheres não eram voltadas para essa educação, com exceção de algumas que muito influenciaram sua época, tal como Cristina de Pisano e Hildegard de Bingen.

Origens Editar

Mapa das Universidades medievais

No século IX, Carlos Magno conseguira reunir grande parte da Europa sob seus domínios. Para unificar e fortalecer o seu império, ele decidiu elaborar uma reforma na educação. Foi chamado o monge inglês Alcuíno que elaborou um projeto de desenvolvimento escolar, em Aix-la-Chapelle, que buscou reviver o saber clássico estabelecendo os programas de estudo a partir das sete artes antigas: o trivium, ou ensino literário (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música). A partir do ano 787, foram emanados os decretos que recomendav ', junto às cortes. Essas medidas teriam seus efeitos mais significativos séculos mais tarde. O ensino da dialética (ou lógica) foi fazendo renascer o interesse pela indagação especulativa; dessa semente surgiria a filosofia cristã da Escolástica.

Nos séculos XI e XII, algumas das escolas que haviam sido estruturadas a partir das ordens de Carlos Magno, que se destacaram por seu alto nível de ensino, ganham a forma de Universidades. Isso ocorre especialmente entre as escolas catedrais. Depois começaram a surgir instituições, fundadas por autoridades, que já nasciam estruturadas como uma instituição de ensino superior. As universidades que evoluíram de escolas, foram chamadas por ex consuetudine; Já aquelas fundadas por reis ou papas eram as universidades ex privilegio.

Entre 1200 e 1400 foram fundadas, na Europa, 52 universidades, e 29 delas foram erguidas pelo papado. A transformação cultural gerada pelas universidades no século XIII, foi expressada pela frase de Charles H. Haskins: Em 1100, a escola seguia o mestre; em 1200, o mestre seguia a escola.[1]

Algumas dessas universidades recebiam da Igreja católica o título de Studium Generale, que indicava que este era um instituto de excelência internacional; estes eram considerados os locais de ensino mais prestigiados do continente. Acadêmicos de um Studium Generale eram encorajados dar cursos em outros institutos por toda a Europa, bem como a partilhar documentos. Isso iniciou a cultura de intercâmbio presente ainda hoje nas universidades Européias.

2-Escolástica, escolasticismo (do latim scholasticus, derivado do grego σχολαστικός, "pertence à escola", "instruído", "sábio") ou Filosofia Escolástica, é um método ocidental de pensamento crítico e de aprendizagem, com origem nas escolas monásticas cristãs,[1] que concilia a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega (razão aristotélica e platônica).[2][3] Colocando ênfase na dialética para ampliar o conhecimento por inferência e resolver contradições.

Escolástica foi o método crítico dominante no ensino nas universidades medievais europeias no período dos séculos IX ao XVI, que surgiu da necessidade de responder às exigências da fé. É mais um método de aprendizagem do que uma teologia. A obra-prima de Tomás de Aquino, denominado Summa Theologica, é, frequentemente, vista como exemplo maior da escolástica.

Um trabalho importante na tradição escolar tem sido realizado desde a época de Tomás de Aquino, por exemplo, por Francisco Suárez e Luis de Molina e também entre pensadores luteranos e reformados. O legado histórico do escolasticismo não reside em descobertas científicas específicas, mas em lançar as bases para o desenvolvimento das ciências naturais.[4]

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