1) Entre a língua oral e a língua escrita há variadas diferenças e especificidades. Uma das diferenças é o fato da língua escrita aceitar menos mudanças e inovações, inclusive variações linguísticas regionais - os chamados "regionalismos" -, variações sociais, dentre outras. Já a língua oral aceita mais a coloquialidade, no entanto, seja escrevendo ou falando, o nível de formalidade que será exigido dependerá da situação em que se está falando ou escrevendo. E devemos nos atentar ao que é adequado ou inadequado à tais situações.
Considerando o texto apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Na frase: "Não economizei nada durante esse mês, estou lisinho, lisinho", o termo "lisinho" é um uso coloquial.
PORQUE
II - Ainda que seja uma frase gramaticalmente possível, a utilização de "lisinho" não é apropriada para situações de comunicação oral em que a formalidade é exigida.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I.
C) As asserções I e II são proposições falsas.
D) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
E) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
Soluções para a tarefa
Resposta:
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I.
Resposta: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I.
(Corrigido DNM)
Explicação:
A asserção I é verdadeira, pois a acepção de "lisinho" na frase utilizada significa estar sem dinheiro, e esta utilização, em sentido figurado, é considerada coloquialidade.
A asserção II é verdadeira, no entanto não é uma justificativa da I. Ainda que "lisinho" seja considerado uma utilização coloquial, a frase utilizada é gramaticalmente possível, isto é, não há nenhum elemento sintático ou morfológico ou nenhuma relação que não seja permitida dentro do sistema da língua portuguesa, sendo perfeitamente compreensível para qualquer falante materno de português.
No entanto, a utilização deste termo, sendo considerado em certos contextos uma variação regional ou em outros uma gíria, é inadequado a situações de comunicação oral em que a formalidade seja exigida, por exemplo uma entrevista de emprego ou uma reunião de negócios.