1 — Enem 2018 TEXTO I) Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem,é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança se não a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983. TEXTO II) Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens.São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).Os trechos apresentam divergências conceituais e entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma a) Predisposição ao conhecimento.b) Submissão ao transcendente.c) Tradição epistemológica.d) Condição original.e) Vocação política.
Soluções para a tarefa
Resposta:
d) Condição original
Explicação:
A questão demonstra a contraposição de Hobbes e Rousseau sobre o estado de natureza do homem. Apesar de cada um dos autores defender propostas distintas sobre a condição original do homem, concordam que seria um estado de liberdade.
Para Rousseau e Hobbes, o estado de natureza é a condição original que se encontram homens e mulheres (D).
Para Rousseau, os homens são felizes no estado de natureza, mas o que corrompe o homem é a vida social, à medida que é na sociedade que os homens competem entre si e são arrogantes quando são detentores de conhecimentos.
A noção de progresso deturpa o viver bem em sociedade e tira do homem a noção de felicidade constituída no estado de natureza.
Thomas Hobbes, filósofo da política moderna, concebe o estado de natureza como sendo uma esfera de guerra de todos contra todos, ou seja, ele é um espaço de luta pela sobrevivência e os homens, embora livres, são egoístas, ambiciosos e não controlam seus impulsos.
A solução, para Hobbes, está na proclamação de um Estado soberano, onde os homens e as mulheres abdicam da sua liberdade, assinam um pacto social e conseguem conviver de forma harmônica, pois o Estado é uma esfera consensual e assegura a segurança e o bem-estar aos indivíduos.
Para que os homens não sejam "os lobos" dos homens e a violência reine nessas relações, o contratualismo é necessário e o Estado acaba sendo detentor de todo o poder para mediar as relações humanas através de leis e normas jurídicas.
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