Português, perguntado por keity74, 10 meses atrás

1 — (ENEM 2016) Leia o trecho abaixo:

Esaú e Jacó Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não

me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias

que deixarem, mas ainda um par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos

claro ou totalmente escuro. Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história

colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços,

entre o enxadrista e os seus trabelhos. Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o

bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda a diferença

da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras

podem ganhar a partida, e assim vai o mundo.

ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964 (fragmento).

O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o narrador concebe a leitura de um texto

literário. Com base nesse trecho, tal leitura deve levar em conta:

a) o leitor como peça fundamental na construção dos sentidos.

b) a luneta como objeto que permite ler melhor.

c) o autor como único criador de significados.

d) o caráter de entretenimento da literatura.

e) a solidariedade de outros autores.

2 — (ENEM 2014) Leia o fragmento abaixo:

Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro,

pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam

à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que

eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora,

separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio,

com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que

era muito direito.

ASSIS, M. et al. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977 (fragmento).

No fragmento desse conto de Machado de Assis, “ir ao teatro” significa “ir encontrar-se com a

amante”. O uso do eufemismo como estratégia argumentativa significa:

a) exagerar quanto ao desejo em “ir ao teatro”.

b) personificar a prontidão em “ir ao teatro”.

c) esclarecer o valor denotativo de “ir ao teatro”.

d) reforçar compromisso com o casamento.

e) suavizar uma transgressão matrimonial.​

Soluções para a tarefa

Respondido por marialuizahhhh072
132

Resposta:1) alternativa A = O leitor com peça fundamental na construção dos sentidos.

2) alternativa E = suavizar uma transgressão matrimonial.

Explicação:

Respondido por rayane0707
31

Resposta:

Letra A

Explicação:

Porque, ao longo do texto, é possível perceber que o narrador convoca o leitor para pensar mais a respeito dos argumentos que são expostos.  Nessa direção, percebe-se que o narrador tenta atrair a atenção do leitor para evidenciar o sentido da mensagem que é passada.  No segundo parágrafo, podemos notar que o narrador usa os verbo aceitarás e distinguirás (...), sendo que tais ações (referenciadas pelo uso dos verbos) deve ser tomada pelo leitor da referida obra.

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