Português, perguntado por larissaP12, 6 meses atrás

1) Encontre no texto e copie um fato citado pela autora:
10 pontos
2) Encontre no texto e copie uma opinão da autora:
10 pontos
3) Qual é a ideia defendida por Lya Luft? Quais argumentos ela utiliza para defendê-los?
10 pontos
4) Que tipo de linguagem é usada no texto? Objetiva ou subjetiva? Explique.
10 pontos
5) Você concorda totalmente, discorda totalmente ou concorda parcialmente com as ideias apresentadas pela autora. Justifique sua resposta.
10 pontos
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO:
Baleias não me emocionam - Lya Luft
Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento.
De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.

Soluções para a tarefa

Respondido por jaquersantana
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Resposta:

1) Encontre no texto e copie um fato citado pela autora:

Um fato citado pela autora é de quando teve uma gata que o irmão matou, segue: "Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento".

2) Encontre no texto e copie uma opinião da autora:

Segue uma opinião da autora: "Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia".

3) Qual é a ideia defendida por Lya Luft? Quais argumentos ela utiliza para defendê-los?

Lya Luft defende que as vidas humanas devem importar tanto quanto a vida dos animais. Para tanto, ela argumenta que comumente o sofrimento de animais sensibiliza e suscita ações, como no caso das baleias, em detrimento de vidas humanas que se perdem e sofrem sem as pessoas se importarem com isso, como crianças pedintes, famílias sem teto e jovens viciados.

4) Que tipo de linguagem é usada no texto? Objetiva ou subjetiva?

É utilizada linguagem subjetiva, expressando a opinião da autora.

5) Você concorda totalmente, discorda totalmente ou concorda parcialmente com as ideias apresentadas pela autora. Justifique sua resposta.

Discordo totalmente. O sofrimento impingido aos animais pelo homem deve ser preocupação do homem, independente das circunstâncias e sem escalas de valores, visto que esses não possuem capacidades para manifestarem suas dores, tampouco se protegerem dos humanos adequadamente.

Bons estudos.

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