História, perguntado por joaovbc, 1 ano atrás

1- em relação a 1964, podemos dizer que houve uma Revolução ou um golpe?explique

2-qual a importância das artes como força e expressão de liberdade no regime militar?Dê exemplos

3-hoje em dia vemos muitas pessoas que apoiam e/ou criticam o regime militar. Pesquise diga quais as justificativas destas pessoas e conclua com a sua opinião.

Soluções para a tarefa

Respondido por kercyrsz
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1- Hoje é corrente o uso do termo golpe de Estado para denominar o movimento que derrubou o presidente João Goulart em 1964, mas a denominação mudou ao longo do tempo. 

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Quatorze anos depois da morte de Getúlio Vargas, durante os piores momentos dos chamados “anos de chumbo”, a censura voltou arrasadora, desta vez reforçada por prisões, torturas e até mortes. Logo após o golpe de 1964, a censura política começou a pressionar a Tribuna de Imprensa, um dos poucos meios de comunicação que se colocaram contra o poder. Praticamente, um caso esporádico. No entanto, foi após o Ato Institucional número 5 (AI-5), em dezembro de 1968, que a censura se estabilizou.

Uma sigla que passaria para a história, o AI-5 colocava o Congresso em recesso e permitia que o governo cassasse políticos, fizesse intervenções em estados, censurasse e até aposentasse funcionários públicos. Após sua implantação, foram presos alguns jornalistas, entre eles Joel Silveira, Osvaldo Peralva, Francisco Pinto (Correio da Manhã) e Hélio Fernandes (Tribuna de Imprensa).

O AI-5 legalizou a censura, levando todas as formas de expressar idéias e manifestações a serem vetadas. Imprensa, música, teatro e cinema foram as principais vítimas. De 1968 a 1978, foram dez anos marcados por censura, tortura, prisões, repressão e mortes. O arbítrio atingia seu ponto máximo.

Nos primeiros anos, a censura visava mais à divulgação de atos terroristas, divisão nas Forças Armadas e no governo. Depois passou a esconder corrupção, torturas, violências policiais e até epidemias. Seu objetivo era ver publicada com destaque a versão oficial dos fatos. Os proprietários dos meios de comunicação adotaram duas posturas: curvar-se diante das ameaças do governo ou resistir ao arbítrio. Esta segunda postura teve poucos adeptos, a maioria pertencente à imprensa alternativa, desvinculada do poder e do capital.

Havia dificuldade de acesso às fontes de informação. É nessa época que proliferam as declarações em off (quando o entrevistado não quer que seu nome seja publicado) e as assessorias de imprensa. Jornalistas que tentassem questionar as informações oficiais perdiam suas credenciais. Os jornais da resistência faziam de tudo para escapar da censura. Logo depois de decretado o AI-5, o Jornal da Tarde tinha dois investigadores na porta de saída do prédio, para impedir que os jornais fossem para as bancas.




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