1) Defina "BANALIDADE DO MAL" *
2) Use a ideia acima e aplique em uma situação cotidiana (quando, em nosso dia a dia banalizamos o mal)?
3) De acordo com Hannah Arendt: “Ao refletir sobre política, Hannah Arendt estabelece duas categorias de preconceitos: na esfera internacional e na esfera local ou interna. Na primeira esfera, ela se referiu ao medo de um governo mundial totalitário e do uso da violência. Na segunda esfera, a sua referência é a redução da política a interesses particulares, mesquinhos e corruptos. Ela denunciou que a política corre perigo de desaparecer do mundo em decorrência dos preconceitos existentes e da pouca adesão de pessoas que se interessam pela coisa pública. No entanto existe uma confusão na forma de se enxergar a política: aquilo que se vê não é aquilo que é, de fato. O que se apresenta às pessoas é uma catástrofe, não a política em si mesma.” *
(a) Apesar dos preconceitos existentes e da pouca adesão de pessoas que se interessam pela coisa pública a política não corre o risco de desaparecer.
(b) Os preconceitos apresentam aquilo que seria uma catástrofe como inerente à própria natureza da política e sendo, por conseguinte, inevitável.
(c) As pessoas são incapazes de ser movidas pelo preconceito contra a política e confundir aquilo que seria o fim da política com a política em si.
(d) O que se apresenta às pessoas é uma catástrofe, a política como ela é em si mesma: movida por interesses particulares, mesquinhos e corruptos.
(e) A política, como se apresenta às pessoas, é um alívio e uma pausa na dureza do dia-a-dia.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa judia, de origem alemã, autora de vários livros onde desenvolveu diversos conceitos, dos quais se destaca o que chamou de “banalidade do mal”, ainda hoje polémico e incompreendido.
O conceito de “Banalidade do Mal”, aprofundado por Hannah Arendt no livro “Eichmann em Jerusalém”, trouxe-lhe as críticas da comunidade judaica e também a polémica que ainda se mantém.
O livro surgiu na sequência do julgamento em Jerusalém de Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, e que a filósofa acompanhou para a revista “The New Yorker”.
Nesta obra a filósofa defende que, em resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque aceitam e cumprem ordens sem questionar.
Eichmann, um dos responsáveis pela solução final, não é olhado como um monstro, mas apenas como um funcionário zeloso que foi incapaz de resistir às ordens que recebeu.
O mal torna-se assim banal.
Este livro foi ainda criticado porque Arendt também deu exemplos de judeus e instituições judaicas que se submeteram aos nazis ou cumpriram as suas diretivas sem questionar.
Hannah Arendt foi autora de vários outros livros e trabalhos onde questiona o papel da mulher na sociedade, a violência e o poder. Destacam-se livros como “As Origens do Totalitarismo”, “A Condição Humana”, “Sobre a violência” ou “Homens em Tempos Sombrios”.