1. Considerando o contexto apresentado no cartum, responda:
a) Como pode ser entendido o enunciado “Ouça sem alarde: não se sabe se a realidade é uma ilusão... m as é certo que a ilusão é uma realidade!”?
b) Qual é a relação que pode ser estabelecida entre esse enunciado e os elem entos não verbais do cartum ?
2 . O sentido do enunciado do cartum é obtido a partir de um jogo linguístico envolvendo dois termos. Quais são eles?
Que fu nções m orfológicas e sin tá tica s esses term os d esem penham em cada u m a de suas ocorrências?
3. O publicitário Ciro Pellicano escreveu um livro intitulado Quando o poder corrompe, corrompe a não mais poder (Global, 2010). Neste título, o termo poder aparece duas vezes com significados distintos.
a) Como esse term o deve ser entendido na primeira ocorrência?
b) Na segunda ocorrência, o term o integra a expressão “a não m ais poder”. O que essa expressão significa?
4. As diferentes funções desempenhadas pelo termo poder na estrutura sintática do enunciado determinam uma classificação gramatical distinta para cada ocorrência.
a) Qual é a classe gram atical do term o poder em cada um a dessas ocorrências?
b) De que m aneira as duas ocorrências do term o poder contribuem para a construção do sentido do título do livro?
Soluções para a tarefa
a) O enunciado significa que não sabemos se o que vivemos é real. Porém, as ilusões que criamos são reais, ou seja, vivemos elas, mesmo que apenas dentro da nossa cabeça.
b) Na charge podemos ver um desenho que gradualmente vai se mostrando e brinca com esta ideia do que é ou não real. Isto porque até o último quadrinho não tinhamos certeza da real imagem da criatura.
2. O jogo acontece com as palavras realidade e ilusão.
3. a) Na primeira ocorrência é um substantivo, indicando o ato de ter forças para mandar.
b) poder na segunda ocorrência é um verbo. E esta expressão indica que não há limites para o corrompimento.
4. a) Susbtantivo e verbo, respectivamente.
b) A ocorrência dupla desta palavra reforça a força da palavra poder.
Bons estudos!
1. Analisando o cartum em questão:
a) Podemos dizer que nem tudo o que vivemos é real. Não há garantias de que nossa realidade é, de fato, real ou apenas uma ilusão. Porém, cada ilusão que criamos passa a ser real a partir do momento em que damos vida a ela.
b) A imagem do cartum é trabalhada a cada quadrinho, e até chegar no terceiro e último, não tínhamos certeza do que realmente se tratava. Abre-se, assim, margem para várias interpretações, fazendo com que nos questionemos o que, de fato, é real ou só ilusão.
2.
- O jogo linguístico ocorre envolvendo os termos ilusão e realidade, que possuem sentidos opostos.
- Ao analisarmos morfologicamente os dois termos, pode-se dizer que se trata de dois substantivos femininos no singular. A morfologia corresponde à análise da classe gramatical que cada palavra possui. Sintaticamente, o valor de cada uma muda, pois alternam entre sujeito e predicativo de acordo com a posição em que estão empregadas na oração. Veja:
- "Não se sabe [se a realidade é uma ilusão.]" sujeito simples + predicativo do sujeito.
- "Mas é certo que [a ilusão é uma realidade.]" sujeito simples + predicativo do sujeito.
3. Análise do termo poder:
a) "Quando o poder corrompe, corrompe a não mais poder."
Na primeira ocorrência, o termo poder é um substantivo masculino e faz referência à influência, a possibilidade ou força de mandar ou induzir alguém a alguma coisa. Capacidade de impor sua própria vontade.
b) "Quando o poder corrompe, corrompe a não mais poder."
Na segunda ocorrência, a palavra deixa de ser substantivo para ser empregada como verbo no infinitivo. Se refere ao fato de não ter mais condições, possibilidade de mandar, impor ou validar sua vontade. Implica no fato de perder a autoridade.
4.
a) Analisando morfologicamente as duas ocorrências:
- "Quando o poder corrompe, corrompe a não mais poder."
Substantivo masculino singular, precedido de artigo definido.
- "Quando o poder corrompe, corrompe a não mais poder."
Verbo no infinitivo, precedido de advérbio de intensidade.
b) As duas ocorrências contribuem para uma interpretação correta do título do livro, que diz que a partir do momento que o poder corrompe o ser humano, ele deixa de ser capaz de muita coisa, inclusive, controlar a si mesmo. A busca pelo poder incapacita, quando é sem medida.
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