1. Como se desenvolve, segundo Kierkegaard, as relações do homem com o mundo?
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Resposta:
A problemática existencial humana ao qual Kierkegaard se propôs a analisar parte da ideia de que o ser humano relaciona-se com o seu mundo e pelo mundo é constituido a partir das esferas ética e estética de modo que a superação dessas esferas visa a uma vida autêntica no campo da religiosidade que seria a relação direta do ser humano com Deus sem a intervenção da cristandade (o Cristianismo pregado pelas igrejas católica e protestante já que Kierkegaard era um protestante).
A princípio, o ser humano seria a sua existência e por ser um "ente" existencial, a vida não poderia ser dotada de algum sentido (como se houvesse uma natureza humana a priori que determinaria a pessoa em sua totalidade) e essa ausência de sentidos é o que chamamos de Absurdo, ou seja, a angústia que é trazida pelas incertezas e a sensação de estarmos sozinhos no mundo exatamente porque fomos lançados às possibilidades, é Absurdo porque pode ser e não ser ao mesmo tempo em que nem sequer haja a possibilidade de ser.
Nesse sentido, as relações humanas são o entrelaçamento entre as esferas (estágios da existência) ética (regras morais), estética (regras de comportamento visando a alteridade) e religiosa (a interioridade, a relação com Deus e que pode ser eivada de vícios como nas esferas anteriores em caso de uma vida inautêntica) mas que no fundo no fundo, o conselho de Kierkegaard é encarar a vida como se estivesse a beira de um abismo cujo o chão não existe e realizar o que chamamos de salto na fé, ou seja, não crie expectativas (o chão a cair depois do salto no abismo) na vida e sim, viva a fé, com fé e pela fé!
Espero ter ajudado! :)