História, perguntado por gabrielbielssantos, 6 meses atrás

1) COMO ERA A MENTALIDADE DO HOMEM NO PERÍODO MEDIEVAL?
2) COMO PASSOU A SER A MENTALIDADE DO HOMEM MODERNO?
3) COMPARE AS MUDANÇAS OCORRIDAS ENTRE ESSES DOIS PERÍODOS.

Soluções para a tarefa

Respondido por lenicemota65
2

Resposta:

espero ter ajudado

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Explicação:

esse é o texto da pergunta

Trataremos do período de transição entre Idade Média e Idade Moderna, mostraremos aspectos de ambas e suas características principais, e também falaremos de do genovês Cristóvão Colombo, considerado o “Pai da América”, um grande navegador que mudou drasticamente o rumo da história mundial com sua coragem, astúcia e sabedoria.

Embora a tradição historiográfica nos diga que a mudança entre o Medievo e a Modernidade tenha sido em 1492, com a “descoberta” da América (logo seguida sua dominação), este evento é apenas um marco, um recorte didático que coroa um processo já então em curso. Em outras palavras nada aconteceu do dia para a noite, ou em 12 de outubro de 1492. O próprio aventureiro que “descobriu” a América (Colombo) era um homem que possuía mentalidades medievais.

Ao falarmos de Idade Média, remetemos nosso pensamento a um lugar (Europa) e um tempo de grande monopólio da Igreja Católica em todas as dimensões/manifestações da convivência social e da mentalidade humana. A Igreja impunha suas doutrinas e ditava os costumes dos homens, razão pela qual tanto os renascentistas (Séc. XV-XVI), quanto os iluministas (Séc. XVIII), classificaram a Idade Média como um período de poucos avanços nas ciências da natureza, uma Era das Trevas, um longa noite onde se apagara a resplandecente tradição clássica da antiguidade. É também uma época marcada pelas cruzadas, as quais são expedições militares dos católicos europeus rumo à Terra Santa (Jerusalém), que estava sob domínio dos mulçumanos.

Percebe-se em Colombo características de um homem intensamente religioso e temente a Deus, e como tal, queria recuperar a “Terra Santa”, acreditando ferrenhamente nas sagradas escrituras.

Nos seus próprios registros e nos daqueles que lhe eram contemporâneos, está expressa a principal motivação de sua empreitada em direção à América, qual seja, expandir a fé católica. Dizia Colombo:

“Nosso senhor bem sabe que não suporto todas essas penas para acumular tesouros nem para descobri-los para mim; pois quanto a mim, bem sei que tudo o que se faz nesse mundo é em vão, e se não tiver feito para a honra e o serviço dele “ (Las casas, Historia, I, 146).

Entretanto, Colombo não tinha meios para, sozinho, realizar sua ambiciosa “missão na terra”. Teve, assim, de buscar financiamento, encontrando nos reis Castela e Aragão, que recentemente havia expulsado os últimos árabes da Península Ibérica, a disposição política, financeira e religiosa necessária para atingir seus fins.

A busca de riquezas e metais preciosos, portanto, permeou todo seu trajeto e suas ações. Para este homem medieval, religioso acima de tudo, a busca material era apenas um meio de viabilizar a busca espiritual. Pode parecer inusitado como um homem de mentalidade tão medieval seja justamente quem inaugura a Era Moderna, mas a contradição é apenas aparente.

Percebem-se de fato em Colombo muitos traços mentais de um homem medieval, que põe antes de suas paixões e ambições suas crenças religiosas. Contudo características de um homem moderno, como hoje identificamos, também são explicitamente visíveis.

Quando falamos de modernidade submetemos nosso pensamento a um tempo do Antropocentrismo. Como contraponto ao medievo, nesse tempo o homem é individualista e está no centro das questões do mundo. Trata-se de um período de intensa mudança na organização econômica-social, da transição gradual (mas nunca uniforme/universal) do feudalismo para o capitalismo, bem como da formação dos Estados Nacionais como Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

Ao recordar o período moderno, deve-se lembrar do renascimento cultural, que pode ser resumido como uma redescoberta/revalorização das referenciais culturais da antiguidade clássica. Somente um Homem Moderno (e não medieval) seria capaz de superar os medos alicerçados em dogmas religiosos para, senhor de si, com base na razão e na observação, se arriscar rumo ao desconhecido. Colombo, de fato, tinha essas características e se havia ideais religiosos animando suas ações, estes não anulavam o seu lado aventureiro e vaidoso, revelado nas exigências que fizera à Coroa espanhola caso sua tese se confirmasse. Além de se lançar ao desconhecido, mesmo sem saber se iria voltar, este homem letrado, erudito, que tinha costume em manter a atenção constante ao meio ambiente que o cercava, fazia descrições bem detalhadas do que viu na América, era tido como um naturalista amador e um etólogo experimental, como também um grande detentor de conhecimento náutico e astrônomo.

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