1- Com base no texto acima, escreva os elementos presentes na entrevista: entrevistador, entrevistado, assunto, suporte e público-alvo.
Figura marcante para várias gerações de jovens, Pedro Bandeira* é um dos mais importantes escritores brasileiros de literatura infantil e infantojuvenil.Na entrevista abaixo, o autor, comenta um pouco sobre a relação da juventude com a literatura e ainda recomenda algumas obras juvenis para você se inspirar na leitura.
: Qual diferença você sente na relação com a leitura das gerações passadas e a dos jovens de agora? Para além da justificativa óbvia da chegada das tecnologias digitais, o que mudou? No Brasil, pouca coisa pode mudar em relação à cultura e à leitura. Nossa História é a da proibição ao livro, à imprensa, ao pensamento, à cultura, e de incentivo ao obscurantismo e à ignorância. Durante 3 séculos, dívidas eram garantidas pelo “fio de barba”, porque até a elite era analfabeta. Isso desde à colônia, passando pelo império e mantendo-se quase do mesmo modo na República Velha, na ditadura do Estado Novo, na Ditadura Militar e pouco se alterando desde que estamos tentando nos democratizar. Sempre estivemos e continuamos empacados nos últimos lugares de compreensão leitora, em quaisquer pesquisas internacionais como o Relatório PISA. A chegada das tecnologias digitais, em vez de prejudicar, ajuda bastante, ao obrigar uma boa parcela de nós a esforçar-se por ler, pelo menos brevemente, para ter acesso à Internet, ao Google e às redes sociais. No início do século XX, nossa taxa de alfabetização entre os adultos era de apenas 12%, enquanto o analfabetismo já estava perto do zero nas nações que desde então comandam o mundo e a História. Após o início de nossa tentativa de democratização, pudemos enfim oferecer vagas escolares para todos os pequenos brasileiros, mas vencer a ojeriza à leitura, à palavra escrita, leva tempo. Estamos caminhando a passo de tartaruga, às vezes a passo de caranguejo, andando de lado, mas ainda assim podem-se vislumbrar pequenos avanços, graças ao trabalho insano de nossas professoras. Há razões para um leve otimismo. Nosso atraso nada tem a ver com as conquistas tecnológicas; elas só ajudam. E o que você pensa sobre as mudanças de hábito de leitura, sobretudo entre os jovens? De que maneira você acha que podemos reverter esse cenário através da leitura infantojuvenil, do incentivo desde cedo? Como eu disse acima, graças ao esforço de nossas professoras, tenho a esperança de que o cenário possa mudar. O problema é o pouco apoio que elas recebem das próprias famílias de seus alunos, cujos adultos não dão às crianças o exemplo da leitura, já que não leem e não valorizam a conquista da compreensão leitora, uma vez que é muito comum um pai sacrificar-se para comprar um tênis de grife para seu filho e queixar-se de ter de comprar um livrinho para ele, que tenha sido recomendado pela professora. Quer dizer que esse pai prefere investir no pé do que na cabeça do filho. Assim, fica difícil! Mas, de qualquer modo, graças às nossas professoras, as novas gerações leem cada vez mais. Autores como eu, fornecedores de armas de papel para essas professoras, esforçamo-nos para criar histórias atraentes, emocionantes, vibrantes, para ajudar a tarefa da escola. E isso parece estar dando certo, pois a literatura infanto-juvenil só faz crescer no Brasil: nossas crianças e jovens, em um ano na escola, leem mais livros do que seus pais já leram durante toda a vida!
Liste de 6 a 10 livros infantojuvenis que você recomenda para os leitores do Sesc Avenida Paulista? Vou listar os “juvenis” somente, porque os infantis dependem muito da ilustração e do monitoramento de adultos que ajudem as crianças, lendo para elas. Mas, nesta faixa, basta oferecer qualquer livro de Eva Furnari e de Ruth Rocha. Cada um deles é uma obra-prima.
Juvenis:
- A ilha do tesouro – Robert Louis Stevenson
- Os meninos da Rua Paulo – Ferenc Molnar
- O príncipe e o mendigo – Mark Twain
- As aventuras de Tom Sawyer – Mark Twain
- O gênio do crime – João Carlos Marinho
- Sangue fresco – João Carlos Marinho
- A droga da obediência – Pedro Bandeira
- Pântano de sangue – Pedro Bandeira
- A marca de uma lágrima – Pedro Bandeira
- O fantástico mistério de Feiurinha – Pedro Bandeira
- Alice no País da Mentira – Pedro Bandeira
- Descanse em paz, meu amor – Pedro Bandeira
- O grande desafio – Pedro Bandeira
- Todos os Harry Potter – J. K Rowlings
*Pedro Bandeira nasceu em Santos, em 1942. Trabalhou em teatro profissional como ator, diretor e cenógrafo. Foi redator, editor e ator de comerciais de televisão. A partir de 1983 tornou-se exclusivamente escritor. Sua obra, direcionada a crianças e jovens, tem ganhado diversos prêmios, como Jabuti, APCA, Adolfo Aizen e Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Já vendeu mais de 20 milhões de exemplares de seus livros.
Rápido e pra hj, vcs nunca me respondam por favorrrrrrr
Soluções para a tarefa
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4
Uma entrevista pode ser realizada e veiculada por meios como a internet, jornais, revistas, rádio e televisão. A entrevista tem como objetivo o compartilhamento de ideias por uma conversa entre duas pessoas, de forma oral.
Os elementos presentes no gênero textual de entrevista são:
- Textos que são de cunho informativo;
- Necessidade de existir um entrevistador e um entrevistado;
- Linguagem oral e específica;
- Há a transição entre a formalidade e a informalidade.
No texto em questão, o assunto se trata da relação entre a literatura e a população brasileira mais jovem. Portanto, o público-alvo são as crianças e adolescentes.
juguimaraes78:
oi
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