1) As epigrafes são citações colocadas no início de textos para resumir seu sentido ou indicar uma motivação. Releia o poema “Canção do Exílio” e depois sua epígrafe que foi extraída de um poema do escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe. Qual é a relação existente entre o conteúdo dessa epígrafe e o poema de Gonçalves Dias?
2) No poema, o eu lírico lamenta estar longe da pátria. Que argumentos ele utiliza para justificar sua dor e seu sentimento de saudade?
3) O eu lírico não menciona os nomes da terra do exílio e da terra natal. Que palavras foram empregadas para distingui-las?
Soluções para a tarefa
Resposta:
2-
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá,
Não permita Deus que eu morra
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá.
3- quando fala de "lá" refere-se a sua terra natal e quando fala "cá" fala sobre o lugar que não lhe satisfaz como deseja, ou seja, a terra do exílio.
1) A epígrafe do poema é uma citação da primeira estrofe da balada "Mignon" de Goethe que, na tradução de Manuel Bandeira, ficou assim:
Conheces o país onde florescem as laranjeiras?
Ardem na escura fronde os frutos de ouro...
Conhecê-lo?
Para lá, para lá,
quisera eu ir!
Ela sugere o tom do poema de Gonçalves Dias ao se referir à mesma ideia de uma terra distante para onde se almeja ir, onde a vida será mais feliz e prazerosa. Além da obra também utilizar a palavra "lá" para se referir ao local distante.
2) No poema, o eu lírico exalta sua terra, relatando suas belezas naturais e afirmando que encontra mais prazer e mais primores lá do que no local onde se encontra. Na última estrofe o eu lírico expressa seu desejo de retornar, clamando a Deus que o permita voltar a sua amada terra ainda em vida.
3) Terra de exílio: o eu lírico se refere a ela com as palavras como:
aqui e cá.
Terra natal: o eu lírico se refere a ela com as palavras como:
- minha terra;
- aqui;
- nossos e nossas;
- lá.
Canção do Exílio
é um dos mais importantes poemas do romantismo em sua etapa inicial. Nele, o poeta ressalta o nacionalismo ufanista, exaltando a natureza.
Composta de 3 quartetos e 2 sextetos, a obra foi escrita em 1843, quando o autor estava residindo em Portugal, na cidade de Coimbra onde cursava Direito. Nesta mesma universidade conheceu escritores importantes do romantismo português, que inspiraram suas obras. Distante de seu país, sentia-se exilado, expressando toda sua saudade no poema.
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