1. A república brasileira foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca num golpe liderado
pelos militares
a) Cite os grupos sociais que apoiaram os militares nesse movimento.
b) Identifique os motivos que levaram esses
grupos sociais a apoiar os militares na proclamação da república.
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) Apoiaram os militares na Proclamação da República os latifundiários nacionais, os industriais e a classe média urbana - profissionais liberais diversos, como jornalistas, advogados e médicos
b)Por um lado, os fazendeiros da oligarquia nordestina e sulista faziam oposição ao fim da escravidão e, no máximo, admitiam-na com a concessão de indenizações do governo. De outro, os cafeicultores do Oeste Paulista apoiavam a implementação da mão-de-obra assalariada no Brasil. Durante todo o Segundo Reinado essa questão se arrastou e ficou presa ao decreto de leis de pouco efeito prático.
Os abolicionistas, que associavam a escravidão ao atraso do país, acabavam por também colocar o regime monárquico junto a essa mesma idéia. É nesse contexto que as idéias republicanas ganham espaço.
A Igreja, setor de grande influência ideológica, também passou a engrossar a fila daqueles que maldiziam o poder imperial. Tudo isso devido à crise nas relações entre os clérigos e Dom Pedro II.
O segundo reinado terminou com a proclamação da República através de um golpe militar. A Proclamação da República, em 1889, não foi um movimento popular.
Listando os principais fatores e grupos que contribuíram para a instauração da República pelo golpe militar do Marechal Deodoro da Fonseca, veremos que não houve participação popular no golpe:
- A questão republicana era atual devido à expansão do republicanismo. O Partido Republicano foi fundado em 1873 como dissidência do Partido Liberal. O grupo dos principais cafeicultores paulistas aderiu ao movimento republicano na chamada Convenção de Itu.
- Esta questão se liga à questão cafeeira: os cafeicultores paulistas, que detinham parcela cada vez maior do produto nacional e formavam o Oeste paulista, principal centro econômico do país, não encontravam contrapartida na política, já que o Império era muito centralizado no Rio de Janeiro e sua burocracia não estava ligada aos interesses dos cafeicultores.
- Os militares também estavam insatisfeitos com o Império. Fortalecidos após a vitória na Guerra do Paraguai, a corporação foi assumindo uma posição política cada vez mais proeminente. Baseados no positivismo, os militares começaram a entrar em choque com a política civil até darem o golpe militar e instituírem a República.
- A questão religiosa diz respeito ao desgaste do governo imperial em relação à Igreja Católica. Isso ocorreu porque o Papa Pio IX, em 1864, proibiu a permanência de membros da maçonaria dentro dos quadros da Igreja. O imperador, ele mesmo pertencente à maçonaria e cercado de políticos da mesma linha, rejeitou a bula e condenou os bispos que seguiram o Papa. Foi assim que a Igreja deixou de apoiar a monarquia, mesmo sem conspirar contra efetivamente.
- Por fim, a questão abolicionista vinha se arrastando até a promulgação da Lei Áurea, em 1888, sob a pena de Princesa Isabel. Os escravos livres, contudo, continuaram sofrendo nas condições precárias de sua liberdade - e a questão, que já desgastava o Império politicamente há anos, permaneceu como fator de crise já que muitos republicanos denunciavam o Império como atrasado por ainda manterem a escravidão.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/1433811