1. A regência verbal é motivo de muita polémica entre os falantes do português brasileiro, porque muitas das regras existentes não correspondem mais ao uso que fazemos da língua cotidianamente. Em alguns casos, há um distanciamento muito grande entre o uso que realmente fazemos da nossa lingua e o que determina a norma-padrão da lingua portuguesa. Muitos ficam com a sensação de que não conhecem a própria lingua, outros de que o português brasileiro é uma lingua muito difícil. • Você, falante do português brasileiro, acha difícil falar, entender e escrever sua língua materna? Escreva uma resposta a essa pergunta e prepare-se para discutir com o professor e a turma. Levante os argu- mentos para defender suas opiniões.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Regência, tanto a regência verbal como a regência nominal, é o processo em que um termo determinante rege outro determinado a ele, estabelecendo relação de subordinação entre os dois. A marca de subordinação costuma dar-se pela preposição que liga um termo ao outro ou pela ausência dela.
Como ocorre a regência verbal?
Conforme o próprio nome já indica, a regência verbal trata da relação de subordinação entre um verbo e outro termo, sendo este o complemento e/ou a preposição.
Assim, quando um verbo é intransitivo (não precisa de complemento) ou transitivo direto (precisa de complemento, mas sem preposição), diz-se que ele não é regido por preposição. Veja nos enunciados a seguir:
→ verbo + complemento
Os alunos tinham boas notas.
Ele adorava dirigir o próprio carro.
Você terminou o projeto?
Nos três exemplos, o verbo não precisou ser regido por nenhuma preposição para dar sentido ao enunciado.
Quando o verbo é transitivo indireto, diz-se que uma preposição “rege” esse verbo, ou seja, que a preposição é necessária para ligá-lo ao seu complemento e dar o significado adequado ao enunciado. Veja as frases:
→ verbo + preposição + complemento
Ela opinou sobre o caso.
É verdade que você se divorciou do João?
Eu me esforcei para conseguir o emprego.
Nos três exemplos, o verbo é regido por uma preposição que o liga ao complemento para dar sentido ao enunciado: opinar sobre, divorciar-se de, esforçar-se para. O verbo depende da preposição, ou seja, está subordinado a ela.