1)
"A partir do século X, o número de escravos provenientes da África subsaariana excedia em muito o de turcos e eslavos. E essa tendência só se acentuou ao longo do tempo, tanto que no século XVIII aproximadamente 715 mil pessoas foram capturadas na África negra e escravizadas no Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos. Desse modo, a escravidão doméstica africana foi dando lugar à escravização em larga escala. A partir do século XV, com a presença europeia na costa da África, esse processo ganhou dimensão intercontinental e fez da África a principal região exportadora de mão-de-obra do mundo moderno.
Sobre a extensão de tempo da escravidão na África, assinale a alternativa correta:
Alternativas:
a)
Apenas os negros da África Subsaariana, durante todo o período em que durou a escravidão, foram escravizados, visto que a escravidão acontecia por causa da etnia.
b)
A coroa portuguesa ocupou apenas alguns entrepostos nas regiões interioranas por conta da facilidade de adentrar o território africano.
c)
Existiam inúmeras atividades que não eram realizadas por um escravizado ou escravizada.
d)
No comércio de escravizados, havia os reinos africanos que vendiam seus prisioneiros de guerra.
e)
A escravidão na África foi finalizada no século XV, com a chegada dos portugueses na costa atlântica.
2)
Embora compreender o Apartheid não seja uma tarefa simples, todos nós conhecemos ou já ouvimos falar de Nelson Mandela. Sua vida direcionada a luta pelo fim da segregação na África do Sul inspirou uma série de filmes e biografias sobre essa trajetória.
A respeito de Nelson Mandela e o fim do apartheid, analise as afirmativas a seguir:
I) Embora com o fim do apartheid em 1990 e a eleição de Nelson Mandela em 1994, ainda é possível encontrar heranças do período de segregação na África do Sul.
II) A postura de Nelson Mandela quando assumiu seu gabinete como presidente ficou internacionalmente conhecida pela disposição em promover a boa convivência entre brancos e negros.
III) Após o fim do período de governo de Nelson Mandela e seus esforços para superar as décadas de segregação, a África do Sul, finalmente, vive uma equidade racial.
Está correto o que se afirma em:
Alternativas:
a)
apenas I.
b)
apenas II.
c)
apenas III.
d)
apenas I e II.
e)
apenas II e III.
4)
Observe a imagem e o trecho a seguir:
"Ela recusava o título de rainha e fazia questão de ser chamada rei. Por isso que decidiu tornar-se socialmente homem e ter um harém, com os concubinos vestidos de mulher. Por isso que lutava como um soldado, à frente do exército. Na realidade, Jinga estava a criar a sua tradição, a sua legitimidade, os precedentes que permitiriam a suas netas e bisnetas ascenderem, sem contestação do sexo, ao poder."
Agora, analise as afirmativas a seguir:
I) Ao exigir ser tratada como Rei, o objetivo de Nzinga era o de fazer valer as tradições matrilineares de seu povo.
II) É importante reforçar como a figura de Nzinga representa equidade de poder, o harém como símbolo da fertilidade e virilidade foi por ela apropriado reforçando a legitimidade de seu lugar.
III) Num contexto em que papéis de gênero são discutidos, a história da África oferece um rico arsenal para legitimar o poder de mulheres como figuras políticas importantes, tal como foi a Rainha Nzinga.
Agora assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Está correto o que se afirma em:
Alternativas:
a)
apenas I.
b)
apenas II.
c)
apenas III.
d)
apenas I e II.
e)
apenas II e III.
5)
"A partilha da África ou roedura da África é o nome dado ao processo de ocupação, divisão e colonização do continente africano pelas potências europeias. [...] melhor seria se referir a esse evento como "partilhas da África", considerando o seu caráter complexo e os inúmeros eventos realizados pelos colonizadores, cujo interesse era de se impor política e economicamente no continente."
(ALFAGALI, C. G. M.. et al.. História da África. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018, p. 149)
Sobre a partilha (ou partilhas) da África, processo que se iniciou no século XVIII, é correto afirmar que:
Alternativas:
a)
obedeceu a critérios étnicos, juntando as mesmas etnias.
b)
criou fronteiras entre famílias e etnias, que se viram separadas.
c)
obedeceu a critérios ambientais, com fronteiras naturais.
d)
criou fronteiras através de guerras e conquistas de povos africanos.
e)
foi determinada para minimizar as guerras étnicas no continente.
Soluções para a tarefa
Explicação:
1 resposta c, 2 resposta d ,3 respostas d
1) Sobre a extensão de tempo da escravidão na África
d) No comércio de escravizados, havia os reinos africanos que vendiam seus prisioneiros de guerra.
Os africanos escravizavam-se uns aos outros por questões de identidade cultural. Eles não se conheciam como africanos, pois se identificavam de diversas maneiras como: pela família, clã, tribo, etnia, língua, religião, país ou Estado.
Havia vários modos de um indivíduo se tornar escravo na África. O mais comum e talvez mais eficiente era o escravo de guerra. Guerras entre vizinhos geralmente produzia um número de indivíduos capturados que poderia ser facilmente vendido na Costa como escravo.
2) A respeito de Nelson Mandela e o fim do apartheid:
É correto o que se afirma em d) apenas I e II.
A premiação de Nelson Mandela e F.W. de Klerk com o Prêmio Nobel da Paz em 1994 foi essencial para que as eleições no mesmo ano transcorressem de forma pacífica.
Mandela venceu as eleições e iniciou um governo de unificação nacional, que ficou marcado pelo perdão e pela reconciliação, mas jamais pelo esquecimento da trágica história do apartheid.
4) Sobre Nzinga:
É correto o que se afirma em e) apenas II e III.
Poucas rainhas se tornaram tão míticas quanto Nzinga Mbandi (1582 1663). Na África bantu não era comum uma mulher, em sociedades tipicamente machistas, embora matrilineares e gerontocráticas, uma mulher com intrepidez, sagacidade, capacidade diplomática e sem preconceitos feministas, dirigir um Estado, papel reservado tradicionalmente aos homens e aos mais velhos, ligados ao sangue, valor ou descendência real. No entanto, Jinga Mbandi sempre teve grande representatividade política em sua terra.
Ao se tornar a Rainha do Ndongo e da Matamba, unindo-se aos jagas, há fatos ainda mais míticos relacionas a sua figura: além de se vestir com trajes masculinos e exigir ser chamada de “rei” (Ngola), tinha um exército de escravos sexuais, cerca de “trezentos jovens de ambos os sexos, divididos em seis grupos, vestidos com trajes do sexo oposto e que praticavam o sexo livre”.
5) Sobre a partilha (ou partilhas) da África:
b) criou fronteiras entre famílias e etnias, que se viram separadas.
A questão central em relação à partilha é de que fronteiras foram desenhadas à revelia dos maiores interessados. O nomadismo e a fragilidade de várias tribos tornaram inviável quaisquer ideias de resgate da dívida dos colonizadores europeus baseada na ideia de um retorno à uma era em que os diferentes grupos viviam harmonicamente antes da chegada do homem branco.
Bons estudos!