1- a) Os dois cronistas empregam expressões populares. Quais são elas?
b) Que efeito os cronistas obtêm ao utilizar esse tipo de expressão?
c) As expressões identificadas marcam variedades linguisticas de grupos sociais
diferentes. Alguma delas faz parte da linguagem que você usa no dia a dia?
2-A desproporção entre a ideia representada e a expressão utilizada a um recurso
para a obtenção de um efeito cômico.
a) Releia o segundo parágrafo da crônica de Antonio Prata e explique como fo
construido o efeito de desproporção.
b) Que palavra parece exagerada no período "Minha redenção chegou em forma
de tecnologia: telefone celular.", da crônica de Rubem Penz? Justifique.
3-Em duas passagens, Antonio Prata citou o escritor tcheco Franz Kafka,
que ficou conhecido por colocar seus personagens em situações bizarras e
surreais para representar, entre outros temas, a opressão das instituições
burocráticas.
a) Explique o sentido da comparação "senti como se tivesse cruzado uma adua-
na invisivel que separa o embarque de Congonhas de um livro de Kafka", no
final do primeiro parágrafo
b) No quinto parágrafo, o cronista sugere seu desejo de resolver a situação com
a mulher desconhecida para voltar à rotina, criando uma nova associação
inusitada com Kafka. Copie o trecho que faz essa relação e explique como,
do ponto de vista da linguagem e do sentido, ela foi construida.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1-
a) As expressões populares de cada crônica são:
> Crônica "Embarque": "pisado na bola, grandão" e "receber o troco"
> Crônica "Uni, duni, tê": "batata" e "bendito"
b) Ao utilizar esse tipo de expressão, os cronistas aproximam o leitor da história, pois deixam o texto parecido com uma conversa.
c) Não
2-
a) No primeiro período, o cronista faz uma longa introdução sobre o estágio de autoconhecimento que detém para, depois, chegar a uma conclusão bastante simples: não se chama Rodrigo.
b) O termo “redenção” é sinônimo de “salvação” e normalmente vem empregado em discursos que falam sobre a recuperação de alguém que cometia erros graves, como no discurso religioso. É, portanto, exagerada para indicar as consequências do uso de um celular.
3-
a) Valendo-se do campo semântico do termo “aeroporto”, do qual retirou as palavras “aduana” e “embarque”, e da referência à obra de Franz Kafka, o cronista sugere que a confusão da mulher o colocava em uma situação absurda, dando-lhe a impressão de não estar mais no contexto de sua vida real.
b) A sugestão de que deseja a vida normal aparece no período “Eu seguiria andando, atravessaria o corredor que separa o Franz Kafka do Franz Café, compraria um pão de queijo e leria o meu jornal.”, em que aproxima dois nomes parecidos do ponto de vista sonoro – Franz Kafka e Franz Café –, mas bastante diferentes quanto ao conteúdo: o primeiro remete às situações incomuns, insólitas, enquanto o segundo refere-se à vida banal do consumo em uma lanchonete.
1 / A - As expressões populares empregadas em ambas as crônicas são:
- Texto "Embarque" = "pisado na bola, grandão"; "receber o troco"
- Texto "Uni, duni, tê" = "batata"; "bendito"
B - As expressões populares tornam o discurso menos formal, fazendo com que o leitor se identifique à narrativa mais facilmente.
C - Essa é uma pergunta cuja resposta deverá ser pessoal. Aqui, você deverá refletir sobre as expressões populares encontradas no texto e se você as reconhece e faz uso delas no seu dia a dia.
2 / A - Para construir o efeito de desproporção, o autor realiza uma introdução mais extensa para explanar sobre o estágio de autoconhecimento e, logo depois, desconstrói tudo ao concluir que ele não se chama Rodrigo.
B - No período citado, a palavra que apresenta um exagero é "redenção".
A palavra "redenção" é utilizada para se referir a uma pessoa que encontra a salvação diante da Igreja, após cometer grandes crimes, o que torna o uso dessa palavra, para indicar as consequências, um exagero.
3 / A - O autor realiza a comparação para enfatizar a situação absurda que a mulher o coloca por conta de sua confusão, conferindo-lhe a impressão de estar vivenciando algo irreal.
B - O trecho que apresenta essa nova associação é:
- “Eu seguiria andando, atravessaria o corredor que separa o Franz Kafka do Franz Café, compraria um pão de queijo e leria o meu jornal.”
Nesse período, o autor utiliza duas palavras que apresentam sonoridades parecidas, mas significados distintos, para demonstrar o seu desejo em retornar à realidade, deixando para trás o Franz Kafka - a situação absurda - para seguir ao Franz Café - uma simples cafeteria.
Linguagem Informal
Como podemos perceber nas duas crônicas apresentadas, os autores utilizaram linguagem informal para construir suas narrativas, uma linguagem visível através das expressões populares utilizadas.
A linguagem informal em textos literários é um dos artifícios utilizados por muitos autores para aproximar a narrativa da vida real do leitor, empregando ao texto termos e palavras de uso comum, popular (coloquial).
Nesse tipo de linguagem, não somente as normas da gramática portuguesa são flexibilizadas, como existe a presença de gírias, internetês e neologismos.
Veja mais exercícios sobre Linguagem Informal aqui:
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