1. A ascensão de Júlio César ao governo de Roma e os grandes poderes acumulados por ele
trouxe temor a aristocracia republicana. Explique qual era esse temor e quais foram as
consequências para Júlio Cesar.
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Resposta:
A morte do general Crasso, em 53 a.C., estabeleceu uma crise política entre os dois membros restantes do Primeiro Triunvirato: Júlio César e Pompeu. Nessa época, o Senado romano decidiu apoiar Pompeu concedendo-lhe a liderança do governo contra os vários grupos armados que ameaçavam a estabilidade política de Roma. Com isso, Júlio César foi obrigado a entregar os exércitos que estavam sob seu controle.
Não aceitando a entrega do poder, Júlio César comandou seus subordinados na lendária travessia do rio Rubicão, que os levaria em direção à Península Itálica. Entre os anos de 49 e 48 a.C., ele liderou uma guerra civil que obrigou os senadores romanos e Pompeu a fugirem de Roma para a Grécia. Determinado a garantir o poder em suas mãos, perseguiu os senadores romanos. Nesse meio tempo, Pompeu acabou fugindo para o reino do Egito.
Com auxílio dos ministros egípcios, Pompeu acabou assassinado. Dessa forma, Júlio César teve condições de fixar uma nova fase na história política romana. Com o apoio dos soldados e dos plebeus, acumulou uma série de títulos. Depois de ser consagrado como Pontífice Máximo, foi elevado à condição de Ditador Perpétuo, passando a ter o direito de criar novas leis. Não deixando sua vocação militar de lado, conquistou territórios na Espanha, na África e transformou o Egito em província romana.
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Entre outras ações, Júlio César organizou a realização de várias obras públicas e reorganizou o quadro financeiro do Estado. Além disso, estendeu o direito de cidadania para outras regiões dos vastos territórios romanos e admitiu que os gauleses ocupassem vagas do Senado. Outra importante transformação esteve ligada à modificação do calendário romano, onde adicionou o mês de julho em sua homenagem e estipulou o emprego do ano bissexto a cada quatro anos.
Outro conhecido evento da vida de Júlio César foi o seu envolvimento amoroso com a rainha egípcia Cleópatra. Durante os seus discursos, muitos senadores romanos manifestavam sua completa desaprovação a respeito do envolvimento do ditador com uma mulher estrangeira. Em pouco tempo, a insatisfação dos senadores foi responsável pela organização de um complô que deu fim ao governo de Júlio César. No ano de 44 a.C., sob o comando de Brutus e Cássio, um grupo de senadores assassinou o ditador.
Os responsáveis pelo assassinato de Júlio César não conseguiram chegar ao poder. O general Marco Antônio, fiel ao antigo ditador, perseguiu cada um daqueles que participaram do golpe político. Além disso, por influência do estadista e filósofo Cícero, os membros do Senado decidiram entregar o controle de Roma para Caio Otávio, filho adotivo de Júlio César.