História, perguntado por matonelotti, 11 meses atrás

1.2 - Qual é a relação da Guerra da Cisplatina com a independência do Uruguai?​

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Respondido por kelendasilvadeolivei
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Resposta:

A região da Cisplatina (atual Uruguai) era um local de tensão e atrito desde o período colonial. A disputa pela Cisplatina teve como marco estipulado pelos historiadores o ano de 1680, quando a Coroa Portuguesa autorizou a construção de um forte na margem oriental do Rio da Prata. Surgia nesse momento a Colônia de Sacramento.

A Colônia de Sacramento foi alvo de intensa disputa entre portugueses e espanhóis. Foram assinados diversos tratados territoriais entre as duas nações, tais como o Tratado de Madrid (1750), o Tratado de El Pardo (1761) e o Tratado de Santo Ildefonso (1777). No entanto, apesar dos tratados, a disputa e a indefinição acerca do controle de Sacramento permaneceram durante o século XIX.

A partir de 1808, D. João VI transferiu a Corte Portuguesa para o Brasil por conta da invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas. O impacto disso no Brasil foi imediato, inclusive na questão das relações internacionais. Em represália à ação dos espanhóis de permitir que as tropas francesas cruzassem seu território para invadir Portugal, D. João ordenou a invasão de Sacramento e nomeou a região de Cisplatina.

Aconteceram duas invasões dos portugueses na região. Em 1816, a Cisplatina foi invadida de maneira definitiva e agregada ao território de Reino de Portugal, Brasil e Algarves. As tropas brasileiras eram lideradas por Francisco Frederico Lecor e eram formadas por aproximadamente 14 mil soldados. Os objetivos, conforme lista Chico Castro, eram dois|1|:

Reunir sob o domínio português as colônias espanholas;

Expulsar um revolucionário local chamado José Artigas.

A ocupação da Cisplatina por Portugal aumentou a tensão e o desgaste que existiam na região platina porque o comandante Lecor indispôs-se bastante com a população local, agindo de maneira autoritária. Além disso, o desgaste do Reino de Portugal com as Províncias Unidas, sobretudo, com a elite portenha (de Buenos Aires), aumentou consideravelmente.

Em 1822, o Brasil declarou a sua independência sob a liderança de Dom Pedro I, e a anexação da Cisplatina ao território brasileiro foi confirmada. A região, inclusive, mandou representantes para a Assembleia Constituinte que redigiu a primeira Constituição do Brasil (a que foi rejeitada por D. Pedro I em 1823).

Por causa da tensão permanente na Cisplatina, iniciou-se uma rebelião, em 1825, organizada por Juan Antonio Lavalleja. Nessa rebelião, Lavalleja e seus aliados (conhecidos como “33 orientais”) declararam a separação da Cisplatina do Brasil e a sua vinculação com as Províncias Unidas. Essa atitude de Lavalleja aconteceu porque ele e seus aliados estavam sendo apoiados material e financeiramente pelos portenhos.

Objetivos

Os objetivos de cada lado podem ser resumidos da seguinte maneira:

Brasil: colocar fim à rebelião na Cisplatina e retomar o controle da região.

Uruguai: do movimento liderado por Lavalleja, o objetivo principal era anexar-se às Províncias Unidas, mas havia uruguaios que defendiam a independência.

Províncias Unidas: garantir a anexação da Cisplatina ao seu território.

Explicação:

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