Artes, perguntado por aleh10machado, 5 meses atrás


05 - Por qual motivo a pintura Impressionista no Brasil não se diferenciou tanto do que
vinha sendo feito pelos pintores europeus?​

Soluções para a tarefa

Respondido por YasmynLindinha
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Resposta:

No período em que se desenvolveu o período impressionista na Europa, a arte brasileira estava seduzida pelo realismo e pelo regionalismo, o que dificultava a aceitação de uma nova teoria de fora. Além disso, vimos que um dos preceitos dos impressionistas era a procura do ar livre e das paisagens. Os artistas franceses, ou melhor, parisienses, que primeiro se agruparam em torno do movimento, além do ambiente cultural estavam seduzidos pelos ensinamentos  científicos da sua época, o que não acontecia no Brasil. Havia também a considerar o fato tempo: o clima francês era mais seco que o brasileiro, e as cores da natureza eram aqui mais exuberantes, a atmosfera menos límpida, a topografia montanhosa e o interior rural em pouco se pareciam com as bem comportadas paisagens europeias. Seria possível o impressionismo no Brasil?

Foi neste contexto que aqui surgiram as primeiras incursões impressionistas, com destaque para Eliseu Visconti.  

Segundo José Roberto Teixeira Leite (in: Dicionário Crítico da Pintura no Brasil, 1988, Artlivre, Rio de Janeiro, pág. 254)”... Quando se leva em conta, porém, que fora de França o Impressionismo só obteria o nihil obstat dos pintores mais ou menos pela mesma época em que se viu aceito no Brasil, vê-se que a contribuição de Visconti, Rafael Frederico, Lucílio de Albuquerque, Carlos Oswald e alguns mais, não foi assim tão extemporânea. Mais ou menos da idade de Visconti eram, por exemplo, muitos dos precursores não-franceses do Impressionismo em seus respectivos países: o italiano Plinio Nomellini (1863-1943); o alemão Max Liebermann (1867-1935); o russo Walentin Serov (1865-1911); o canadense James Wilson Morrice (1865-1911); o mexicano Joaquin Clausell (1866-1935) e o argentino Martin Malharro (1865-1911). Mais moços até do que Visconti, e praticando o Impressionismo à francesa, ou mesclado a outras tendências e estilos europeus ou locais, foram, entre muitos outros, o belga Henri Evenepoel (1872-1899); o alemão Max Slevogt (1868-1932); os uruguaios Pedro Blanes Viale (1879-1926) e Miguel Carlos Victorica (1884-1955); o argentino Fernando Fader (1882-1935) e o venezuelano Armando Reverón (1889-1954)... Visconti não foi certamente o primeiro impressionista latino-americano, primazia que cabe talvez ao venezuelano Emilio Boggio (1857-1920), aluno de Henri Martin e amigo de Pissarro e Sisley; ou ao também venezuelano Rojas (1858-1898) ou, quem sabe, ao argentino Eduardo Sivori (1847-1918), todos os três já impressionistas na última década do século 19; mas (Visconti) foi, sem dúvida, dos primeiros pintores latino-americanos a incorporar recursos impressionistas à sua palheta, adaptando-os às circunstancias locais e pessoais.”


aleh10machado: poderia resumir pfvr? Tipo qual o motivo que o impressionismo no Brasil não se deferência tanto da europa...
Respondido por KetulyBeatriz
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Resposta:

No período em que se desenvolveu o período impressionista na Europa, a arte brasileira estava seduzida pelo realismo e pelo regionalismo, o que dificultava a aceitação de uma nova teoria de fora. Além disso, vimos que um dos preceitos dos impressionistas era a procura do ar livre e das paisagens. Os artistas franceses, ou melhor, parisienses, que primeiro se agruparam em torno do movimento, além do ambiente cultural estavam seduzidos pelos ensinamentos  científicos da sua época, o que não acontecia no Brasil. Havia também a considerar o fato tempo: o clima francês era mais seco que o brasileiro, e as cores da natureza eram aqui mais exuberantes, a atmosfera menos límpida, a topografia montanhosa e o interior rural em pouco se pareciam com as bem comportadas paisagens europeias.

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