02) Leia:
Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do
sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da
escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
→ A referida "atenuação da subjetividade e do sentimentalismo" está bem exemplificada na seguinte
estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):
a) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, que o espírito enlaça à dor vivente, não derramem por mim nem
uma lágrima, em pálpebra demente.
b) Erguido em negro mármor luzidio, portas fechadas, num mistério enorme, numa terra de reis, mudo e
sombrio, Sono de lendas um palácio dorme.
c) Eu vi-a e minha alma antes de vê-la, sonhara-a linda como agora a vi ,nos puros olhos e na face bela,
Dos meus sonhos a virgem conheci.
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02. A "atenuação da subjetividade e do sentimentalismo" está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):
b) Erguido em negro mármore luzidio,
portas fechadas, num mistério enorme,
numa terra de reis, mudo e sombrio,
Sono de lendas um palácio dorme.
Na estrofe acima, do poeta parnasiano Alberto de Oliveira, podemos identificar claramente a "atenuação da subjetividade e do sentimentalismo", uma vez que a poesia passa a ser descritiva e se ocupa da caracterização de um palácio, de forma objetiva e materialista.
Bons estudos!
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