Filosofia, perguntado por alexlothbrok542, 11 meses atrás

01- Qual é a diferença entre Platão e Aristóteles quanto a essência?

02- Explique a teoria do hilemorfismo.

03- Defina matéria e forma.

04- Diferencie ato de potência e explique como se dá o movimento e transformação dos seres.

05- Oque é substância e acidente?

06- Defina cada uma das causas e as perguntas que são feitas a cada uma delas.

07- Defina primeiro motor e suas características.

08- Explique a ética do meio termo ou do equilíbrio.

09- Qual o objetivo da ação humana para Aristóteles?

10- Qual é a natureza do homem com relação a Pólis?​

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por elamambretti
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01. Platão dá primazia ao ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres e temporal à essência ideal, em detrimento da existência empírica, isto é, à alma, em detrimento do corpo, à forma, em detrimento da matéria.

Estabeleceu uma divisão entre o mundo das idéias e o mundo das sombras, dividiu também o homem entre o "eu empírico" e o "eu essencial". O corpo, o desejo, os sentidos pertencem ao mundo imperfeito, transitório, sombrio. Enquanto isso, a alma, ou o espírito pensante, faz parte do mundo verdadeiro, belo e bom.

Para Aristóteles, em lugar de essências ideais e sombras materiais, existem forma e matéria: as formas não estão separadas das coisas do mundo sensível, mas são exatamente elas que lhe dão existência efetiva, fazendo com que a matéria, que por si só é indiferente, seja esta ou aquela coisa. Em outras palavras, a forma é inerente ou imanente às coisas.

02. Hilemorfismo é uma teoria desenvolvida por Aristóteles, segundo a qual todos os seres corpóreos são compostos por matéria e forma.

03. Todos o seres sensíveis são combinações em certas medidas de corpos simples, terra, fogo, ar e água, arranjados segundo sua natureza ou alguma técnica.

A matéria é o terreno, o de quê algo é feito, mas para que algo seja um algo é preciso que essa matéria assuma uma forma, uma organização, no caso do homem, os órgãos, e no caso dos entes naturais no geral essa forma é natureza ou por natureza.

É possível imaginar formas sem matéria, como as geométricas ou os números, mas matéria sem forma acaba sendo uma palavra apenas. Assim, a matéria é o princípio da passividade, a forma é ativa, duradoura e dá qualidade definida à coisa.

04. Todas as coisas são em potência e ato. Uma coisa em potência é uma coisa que tende a ser outra, por exemplo, uma semente, que é uma árvore em potência. Então, uma coisa em ato é algo que já está realizado, como uma árvore, que era a semente em ato.

Um ser em potência só pode tornar-se um ser em ato mediante algum movimento. O movimento vai sempre da potência ao ato, da privação à posse. É por isso que o movimento pode ser definido como ato de um ser em potência enquanto está em potência.

05. Segundo Aristóteles, a síntese da matéria e da forma constitui a substância, e esta, por sua vez, é o substrato imutável, em que se sucedem os acidentes, as qualidades acidentais.

A substância é algo sem o qual aquilo não pode ser o que é, é o que dá identidade a um ser, e sem a qual aquele ser não pode ser reconhecido como sendo ele mesmo.

O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não se descaracteriza o ser por sua falta.

06. Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:

A causa material, aquilo do qual é feita alguma coisa: o que?

A causa formal, a coisa em si: como?

A causa motora ou eficiente, aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge: quem?

A causa final, aquilo para o qual a coisa é feita: por que?

07. Mesmo que um ser se mova a si mesmo, aquilo que move deve ser diverso daquilo que é movido, deve ser composto de um motor e de uma coisa movida. Por exemplo, a alma é que move o corpo.

O motor pode ser unicamente ato, forma, a coisa movida, enquanto tal, pode ser unicamente potência, matéria. Esta doutrina culmina no motor primeiro, absolutamente imóvel, ato puro, isto é, Deus.

08. Ética em Aristóteles está na prática das virtudes. Virtudes são adquiridas pelo exercício da razão e do bem estar comum e são opostas aos vícios, portanto o ato ético se encontra no equilíbrio entre virtudes e vícios. Assim a generosidade é a virtude que fica entre os vícios da mesquinhez e da extravagância.

09. Para Aristóteles o objetivo da ação humana é a felicidade, somente alcançada pela prática de ações virtuosas.

10. Para Aristóteles, o homem é um ser político, isto é, é na comunidade, na vida social que resolve suas necessidades. Desse modo, a natureza do homem em relação a pólis é a de assegurar a felicidade coletiva.

Bons estudos!

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