01. Leia, a seguir, fragmentos do Manifesto da Antropofagia periférica, escrito pelo poeta Sérgio Vaz, e responda.
Manifesto da Antropofagia periférica
A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor.
Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.
A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. (...)
Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.
A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.
A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar.
[...]
Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.
A Periferia unida, no centro de todas as coisas.
Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.
Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.
É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. (...)
[...]
Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural. Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado.
[...]
Contra os covardes e eruditos de aquário.
Contra o artista serviçal escravo da vaidade.
[...]
A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.
Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.
É TUDO NOSSO!
Ao se publicar um Manifesto, busca-se formal e publicamente a transmissão de opiniões, decisões, intenções e ideias. Nos trechos transcritos do Manifesto da Antropofagia periférica, é possível identificar o que se afirma em: (1,0)
(A) Defesa da arte clássica como padrão artístico brasileiro.
(B) Defesa da liberdade de expressão dos autores brasileiros.
(C) Defesa de uma arte que cultue e promova os símbolos nacionais do Brasil.
(D) Defesa de uma arte que tenha compromisso apenas com temas de denúncia social.
(E) Defesa de uma arte genuinamente popular.
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Nos trechos transcritos do Manifesto da Antropofagia periférica, é possível identificar o que se afirma em:
(E) Defesa de uma arte genuinamente popular.
Alguns trechos do texto comprovam isso, como:
"A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza."
"Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala."
"É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão."
"Contra os covardes e eruditos de aquário."
Então, fica claro que a intenção NÃO era a defesa da arte clássica como padrão artístico brasileiro.
Também NÃO é uma arte que cultue e promova os símbolos nacionais ou que tenha compromisso apenas com temas de denúncia social.
pedrodsn2:
Obrigado
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