Filosofia, perguntado por marnas021, 10 meses atrás

01 – (CEPERJ) Durante a filosofia escolástica, destaca-se o nome de Guilherme de Ockham, por conta de seu pensamento pautado por um princípio de economia. Segundo Etienne Gilson, em A filosofia na Idade Média, Ockham não se cansava de repetir que, se quisermos uma proposição que nos garanta, ao mesmo tempo, a sua verdade e a realidade que ela afirma, precisaremos de uma: *

1 ponto

a) Criação artística

b) Meditação Expeculativa

c) Fé inegociável

d) Evidência imediata

02 - (SEDUC/PA) Guilherme de Ockham, considerado o iniciador do nominalismo, concebia os universais como: *

1 ponto

a) conceitos situados nas próprias coisas, de modo a propiciar a apreensão das essências por um processo de abstração.

b) conceitos existentes em si e por si mesmos conhecidos.

c) palavras instituídas por convenção, dotadas de significação das coisas

d) posições para a explicação do que é singular, com o propósito de duplicar os entes

Soluções para a tarefa

Respondido por bibysouza2006p8j8hn
398

Resposta: 1)letra d

2) letra c

evidencia imediata

espero ter ajudado❤


marnas021: e a 2 ?
bibysouza2006p8j8hn: letra c
pedrinhomauerverck: ta certin
raia1239: Está certinho, Obrigada!
evelyncustodio69: Valeu cara
joaemarmorsch: obrigado
bibysouza2006p8j8hn: <3
mariaeduardaalbonete: Corretamente correta ❤
Respondido por AnthonioJorge
1

1) Uma proposição só pode garantir sua verdade e sua realidade se for uma evidência imediata. Logo, alternativa D é a correta.

2) O nominalismo concebe os universais como meras palavras, instituídas por convenções. Logo, a alternativa C é a correta.

Guilherme de Ockham (1285-1347), pode-se dizer, foi o ponto final da Escolástica. Ao mesmo tempo, introduziu noções que anteciparam a época renascentista e a filosofia moderna. Em suma, Guilherme de Ockham faz:

  • defesa intransigente do “individuo” como única realidade concreta

  • uma defesa da tendência a basear o valor do conhecimento na experiência direta e imediata

  • uma defesa da separação programática entre a experiência religiosa e o saber racional - portanto, entre fé e razão. Ele quer purificar a teologia, afastando a metafísica pagã (Platão, Aristóteles etc. – que fora aceita pelos seus antecessores na Escolástica.)

Para Ockham, Deus é onipotência, livre-arbítrio, vontade sem travas, nem sequer as da razão. Deus desaparece do horizonte intelectual e deixa de ser objeto próprio da mente, como era na Idade Média até então. a teologia é sobrenatural e a razão tem pouco a fazer nela. A razão passa a ser um assunto exclusivamente humano. Tratar Deus com a razão soa para Ockham como uma limitação inadmissível do arbítrio divino

O espírito laico, mas não laicista, inicia-se com ele. Valoriza-se a dignidade do homem, o poder criador do indivíduo e da cultura em expansão. Antecipa-se o Renascimento e, mais do que isso: preocupa-se não mais com o "quê" das coisas, mas com os fenômenos, com o "como" eles se verificam - ou seja, não é mais prioridade investigar a natureza das coisas, mas sim a função delas: da metafísica tradicional passa-se à física (à física moderna, não a aristotélica). É o primeiro passo para a matematização das ciências e o kantismo posterior.

O homem, com Ockham, desvencilha-se da responsabilidade pelo conhecimento do ser. Cria-se, aos poucos, um abismo entre conhecimento e realidade até a matemática moderna. O abismo entre conhecimento e realidade vai se tornando cada vez maior.

Segundo Xavier Zubiri, sozinho, sem mundo e sem Deus, o espirito humano começa a se sentir inseguro no universo: se Deus não é razão, a razão humana não pode se ocupar dele. É a abertura para o homem renascentista, que investigará o homem e mundo (humanismo e ciência da natureza) e não mais a Divindade.

2) Ockham chegará a negar totalmente a existência dos universais na natureza. Os universais são termos, meramente signos das coisas. Assim o conhecimento passa a ser apenas simbólico e o homem, a partir de Ockham, fará essa grande renúncia: renunciará a ter as coisas e se resignará a ficar só com seus símbolos.

Isso possibilitará o nascimento do conhecimento simbólico matemático e da física moderna, que nascem nas escolas nominalista, sobretudo de Paris. Segundo Galileu, o livro da natureza está escrito com signos matemáticos: teremos uma física que mede variações de movimento, mas renuncia a saber o que o movimento é, por exemplo

A realidade é essencialmente individual. Os universais são nomes, não uma realidade, nem algo com fundamento na realidade. São formas verbais através da quais a mente humana estabelece uma série de relações de exclusiva dimensão lógica. É infundada a passagem da natureza específica ou essência universal ao individuo singular.

O nominalismo de Ockham implica que não há realidade nem nas coisas nem na mente divina, como exemplares eternos das coisas; são abstrações do espírito humano, conceitos ou termos. A ciência trata dos universais e, portanto, não é ciência de coisas, mas só de signos e símbolos.

Para saber mais sobre a época final da Escolástica: https://brainly.com.br/tarefa/29715558

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