Psicologia, perguntado por kesiag80, 1 mês atrás

01 - Caso Clínico: G.M.D, 16 anos, nasceu com o sexo biológico feminino e se reconhece como menino, é pessoa com deficiência em função de baixa visão, que estuda numa escola pública da zona leste de SP. Até o início deste ano, ninguém da escola o chamava pelo nome que ele escolheu, pois de acordo com o diretor, para que isso acontecesse era necessário um consentimento da família, que ainda negava a transexualidade do filho. Como os professores e alguns funcionários continuavam utilizando o pronome feminino para falar com ele, todos os estudantes também o faziam, e para piorar , ainda apontavam para ele no intervalo, tiravam sarro das suas roupas largas e diziam que "ela" era sapatão. Alguns alunos escreviam na lousa frases pejorativas, que os professores não criticavam pois afirmavam que G.M.D. não conseguia ler o que estava escrito. No entanto, G.M.D já havia se queixado das risadas e piadas que percebia serem direcionadas para ele. O resultado dessa exposição toda foi um comportamento repetitivo de G se cortar. Ia para a escola e não ficava em sala de aula. Não fazia as atividades, não tinha amigos e só se sentia bem conversando com alguns poucos professores, mas na maioria das vezes ficava sozinho, escondido, tentando achar um objeto cortante, como um apontador ou lápis bem afiado, para se auto mutilar. Os professores ficavam constantemente em alerta, o que causou também um grande estereótipo. Se G estava sumido, "já estaria se cortando e sangrando," de acordo com todos. Seus pais foram chamados na escola e resolveram permitir que o chamassem pelo nome masculino escolhido. As coisas melhoraram um pouco, mas os estudantes e alguns funcionários ainda tinham muita dificuldade em enxergá-lo como menino, insistindo em chamá-lo pelo nome feminino que ainda constava na sua certidão de nascimento. G.M.D não conseguia fazer as tarefas da escola por ter muitas dificuldade de leitura e escrita; não sabia fazer contas mais complexas e foi encaminhado para o reforço. Porém, a escola deixou de fazer sentido para ele, que dizia ter aversão ao ambiente. Faltava muito, e quando ia, quase nunca entrava na sala. No final do semestre, a gestão da escola tinha sugerido à família, para transferi-lo para outro colégio, com um número menor de alunos mais próximo da sua residência , para que ele não faltasse tanto. A) DISCIPLINA: Psicologia e Práticas em Educação Diante do ambiente hostil e discriminatório, por parte da escola em relação ao aluno Trans, cite duas ações do psicólogo escolar neste contexto. ​

Soluções para a tarefa

Respondido por AC1969
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Na qualidade de profissional na posição de atendimento inicial do caso, caberia ao psicólogo escolar:

  • Inicialmente, a função de escuta e acolhimento, ouvindo as demandas do aluno trans e, sendo possível, também da família.
  • Em um segundo momento, uma vez que houve episódios de autoflagelação, caberia encaminhamento a um segundo profissional de psicologia externo à instituição de ensino. Conforme a situação social da família, há a opção pública dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

 

O psicólogo escolar e a ação em casos de preconceito

No caso relatado no excerto, à parte a escuta, acolhimento e encaminhamento do jovem e de sua família, o psicólogo também deveria sugerir uma palestra de conscientização junto à comunidade da instituição de ensino.

  • Trata-se, neste caso, de uma atuação dentro da psicologia social.

 

Continue aprendendo sobre escuta na psicologia escolar aqui:

https://brainly.com.br/tarefa/54084925

https://brainly.com.br/tarefa/8391922

 

#SPJ1

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