01. A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições
ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos.
Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa
revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do
interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000
(adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da es-
cravidão no Brasil. Explique qual era esse projeto político, como deveria acontecer a abolição?
02. Aponte e explique cada uma das formas de resistência negra à escravidão.
cunho religioso nas quais preservavam antigas crenças, ou desenvolviam práticas sincréticas – a “sín-
tese” entre o cristianismo e religiões africanas; treinavam lutas em que aprendiam golpes mortíferos –
capoeira – destinados a seus inimigos. No campo, a grande concentração de escravizados apavorava
os brancos. Assassinatos de senhores, feitores e administradores por parte de escravizados revoltados
foram uma constante no decorrer de todo o período escravista.
A partir de 1830, já no período imperial, a expansão da cultura cafeeira aumentou a necessidade de mão
de obra. Ao mesmo tempo cresciam as pressões contra o tráfico negreiro, principalmente da Inglater-
ra, preocupada com a concorrência, já que nas colônias inglesas no Caribe o comércio de escravizados
havia sido proibido, e os produtos exportados tinham ficado mais caros. Em 1831, cumprindo acordos
firmados com a Inglaterra, o governo brasileiro declarou o tráfico ilegal no
comércio continuou em grande escala. Diante disso, o Parlamento britânico aprovou, em 1845, a Bill
Aberdeen, lei que dava à Marinha de Guerra inglesa o direito de aprisionar tumbeiros em qualquer ponto
do Atlântico. A pressão inglesa era cada vez maior, e, em 1850, foi promulgada a Lei Eusébio de Queiroz,
que novamente proibia a entrada de escravizados no país.
em declínio. Para suprirem a demanda por mão de obra, os fazendeiros e o governo imperial começaram
a incentivar a vinda de imigrantes europeus. O trabalho assalariado tornou-se cada vez mais comum,
em oposição à escravatura, que passou a ser vista como algo anacrônico.
que o trabalho compulsório era um empecilho ao desenvolvimento do capitalismo, pois atravancava a
formação do mercado interno. Só por volta de 1880 surgiu um movimento pró-abolição. A pressão so-
bre o governo levou à publicação de uma série de leis, que, lentamente, conduziram ao fim do trabalho
nascidos a partir de então. Em 1885, foi promulgada a Lei do Sexagenário, que deu liberdade aos raros
escravizados que conseguiam passar dos 60 anos. Em 1888, foi criada a Lei Áurea – assinada pela prin-
cesa Isabel, que substituiu o imperador dom Pedro II, em viagem à Europa –, que finalmente extinguiu a
escravidão no país. A abolição não pode ser reduzida a um ato de brancos.
Soluções para a tarefa
Respondido por
4
Resposta:
resposta 1:
O correto seria '' Optar pela via legalista de libertação.''
-Segundo o autor Joaquim Nabuco foi um dos principais políticos que lutaram no período imperial pela abolição da escravidão no Brasil. Em seu texto demostra sua argumentação de que a abolição deveria seguir um caminho legalista, ou seja, que fosse feita de maneira pacifica como concessão da elite e não por uma via popular como ocorreu no Haiti e na França.
Explicação:
Perguntas interessantes
por uma negra liberta, dezenas de nagôs se revoltaram, chegando a ocupar, por horas, ruas e edifícios
públicos de Salvador. No Rio, no Espírito Santo, em São Paulo, no Sul, a quantidade de levantes negros
ocorridos ou abafados graças a denúncias foi muito grande. Na segunda metade do século XIX, o te-
mor desses movimentos se tornou intenso. Nas cidades, os negros constituíam