Velha história
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Alé que
apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e
inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o
homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincebu
com todo a garganta do coitadinho. Depois guardou o no bolso traseiro
das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então,
ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a
Irote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Peb
calé. Como era tocante vê-los no "17"!O homem, grave, de preto, com
uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra
lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do
peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico. tomava
laranjada por um canudinho especial..
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o
segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se
encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho:
"Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar te
por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos,
da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua familia. E
viva eu cá na terra sempre triste!...
"Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho
n'água. E a água fez redemoinho, que foi depois serenando,
serenando... até que o peixinho morreu alogado...
Mano Qurana Poes a comploua Rio Nora Aguia, 2005,
1. Segundo o género. o texto é:
(um conto b. (uma fábula 6 ) uma notícia d( ) uma reportagem
OS
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Resposta:
é um conto
Explicação:
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