URGENTE!!!
Preciso de uma carta aberta sobre o tema "Assédio" no mínimo 1 folha e meia !!
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Resposta:
O assédio sexual é uma das maiores manifestações da iniquidade de gênero e violência contra a mulher no Brasil. Hipocritamente, oculta-se o assédio sob o manto da neutralidade e da banalização. Contudo, é preciso que a sociedade perceba que os efeitos perniciosos desse tipo de manifestação. O respeito às mulheres e a preservação de sua integridade física e emocional são requisitos básicos para a civilidade.
Primeiramente, devem ser entendido os precedentes do assédio como ocorre no cotidiano das mulheres. Em várias sociedades, elas foram tratadas no passado como criaturas inferiores e frágeis, cuja utilidade era meramente de servir. Sua objetificação ainda está impregnada na forma como são percebidas pela sociedade. O desprezo que muitos têm pela liberdade e autonomia das mulheres provoca manifestações de atentado à sua integridade. De acordo com a Campanha Chega de Fiu Fiu, 85% delas já teve seu corpo tocado publicamente sem consentimento. Assim, alguns homens ignoram a lei e os bons costumes, violando a privacidade e banalizando a relevância do ato, subjugando as vítimas.
Essa violação de privacidade fere diretamente a integridade física e emocional das mulheres. Uma vez menosprezadas e seu papel social prejudicado, elas são oprimidas ao ponto de manterem seu sofrimento em silêncio, pelo medo da exposição. Muitas meninas assimilam a violência desde pequenas, observando o exemplo de tantas outras mulheres, o que provoca danos inestimáveis à formação de novas cidadãs. A dificuldade em superar o trauma decorrente do assédio pode levar as vítimas à depressão e à exclusão, em que elas não são capazes de denunciar seus agressores.
Portanto, é preciso perceber que são necessárias ações para criar novos referenciais para as novas gerações. A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) deve utilizar a Casa da Mulher Brasileira para promover palestras e campanhas nas comunidades, orientado mulheres de todas as idades sobre seus direitos. Assim, terão mais segurança para denunciar os agressores, que devem estar sujeitos às penalidades previstas em lei.
Chega de "fiu fiu"!
Os índices de violência contra a mulher são alarmantes no país, mesmo este contando com leis e ferramentas especializadas no combate a tal questão. Frequentes casos de denúncia de assédio sexual mostram que tais instituições não são plenamente eficazes. Com efeito, um diálogo acerca dos desafios para reduzir os casos de violência sexual é medida que se impõe no século XXI.
Em primeiro plano, na sociedade brasileira -e mundial- ainda prevalece o modelo machista e patriarcal. A esse respeito, Michel Foucault afirma que todas as relações sociais ocorrem associadas a um poder individual. Assim, o assediador crê que tem o direito sobre o corpo da vítima, podendo manipulá-lo da forma que quiser.
De outra parte, as vítimas encontram dificuldade na hora de denunciar tal tipo de violência. Nesse contexto, no ano de 2017 foram expostos inúmeros casos de denúncias de assédio sexual envolvendo grandes nomes do meio artístico e todos compartilham uma mesma questão: vítimas que são coagidas a não denunciar, seja por relações de poder dentro do meio em que trabalham, seja pelo medo de serem desacreditadas pela mídia e pelas autoridades. Dessa forma, o assédio se perpetua e, por muitos, é visto até como "normal".
Urge, portanto, que as raízes machistas da sociedade atual sejam cortadas. Immanuel Kant declara que o homem não é nada mais se não o que a educação faz dele, logo, o ato de educar é o melhor meio para que ocorra efetiva mudança. Nesse sentido, debates acerca da cultura do estupro devem ser mediados nas escolas por professores capazes de levar o discurso de igualdade de gênero à educação básica. Instituições do governo, como a Delegacia da Mulher, devem se mostrar plenamente preparadas para receber denúncias de violência sem serem palco de uma segunda violência contra as vítimas. Assim, poderemos viver em uma realidade onde o assédio não tem vez.
Explicação:
(: