um resumo de 50 linhas quais são os riscos e as consequências das variantes do coranavirus
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Resposta:O Sars-CoV-2 tem cerca de 30 mil letras de RNA em seu genoma. É essa informação genética que o permite infectar nossas células e “sequestrá-las” para se replicar, produzindo novos vírus. Nesse processo, é comum que ocorram pequenos erros de cópia ao acaso, as chamadas mutações. Elas podem ou não alterar a forma como o vírus é construído. Se isso acontecer, tem-se uma variante. E, se um grupo de variantes de repente começar a se comportar de forma diferente que o vírus ancestral, com maior capacidade infecciosa, por exemplo, tem-se uma nova cepa. Em resumo: nem toda mutação representa uma variante e nem toda variante constitui uma nova cepa, mas toda cepa é uma varianteNada disso é proposital. Na verdade, é pura estratégia de sobrevivência. Se um vírus tiver uma modificação que facilite a entrada nas células, ela naturalmente se sobrepõe às outras, pois possibilita que mais vírus sejam capazes de causar infecção. “Estamos assistindo a um filme de sucessão de eventos ao acaso. O que tiver sucesso, vai ficar”, exemplifica o virologista Fernando Spilki, coordenador da rede Corona-Ômica BR MCTIC/Finep, que reúne laboratórios brasileiros para captar, sequenciar e analisar o genoma de amostras do Sars-CoV-2. O problema é que o mundo tem dado muita chance ao acaso. “Se você jogar um dado seis vezes, há chance de que o número 6 nem apareça. Se jogar 30 mil vezes, o número 6 vai aparecer muito”, ilustra o especialista.
Os primeiros sinais surgiram na Inglaterra, em dezembro. Depois de um verão de relaxamento das restrições, um aumento de casos fez o país adotar novas medidas de isolamento. Apesar disso, a taxa de infecções no condado de Kent continuou em alta. A análise genômica dos vírus de pessoas infectadas identificou uma mutação na proteína spike, considerada a chave para que o novo coronavírus consiga contaminar nossas células.
O nome da mutação, N501Y, é uma espécie de etiqueta para identificar o ponto exato da mudança. Nesse caso, houve a troca do aminoácido asparagina (N) para tirosina (Y) na posição 501 do genoma, e pesquisas indicaram que isso facilita a adesão do vírus às células. O grande número de infectados que carregavam microrganismo com a mutação confirmou a existência de uma variante, que recebeu o nome de B.1.1.7Em outras partes do mundo, mutações semelhantes ocorreram e começaram a ser identificadas sobretudo por causa de picos recorrentes de casos. No Brasil, Manaus viveu um janeiro trágico. A cidade, que em 2020 viu os sistemas de saúde e funerário entrarem em colapso por causa da pandemia, enterrou mais mortos pela doença nos primeiros 21 dias de 2021 do que em todo o ano passado: foram 1333 sepultamentos no período, contra 1285 em 2020.
A análise de amostras virais detectou que 42% dos casos foram provocados por vírus com mutações na proteína spike. Entre elas, a N501Y, mas não só: também foram identificadas as mutações K417T, que facilita a adesão do vírus às células, e a E484K, que pode ajudá-lo a escapar de anticorpos. A nova variante passou a ser chamada de P.1
Explicação:Espero ter ajudado