(UFTM-MG) —
A Escravidão
Se é Deus quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.
Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!
Tobias Barreto.
Considerando a temática abordada no poema, é correto afirmar que ele se enquadra no movimento romântico
A
condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Navio Negreiro, aborda a questão da escravidão no Brasil.
B
indianista, a exemplo de Gonçalves Dias que, com o poema I – Juca Pirama, analisa a condição dos excluídos socialmente
C
ultrarromântico, a exemplo de Fagundes Varela que, com o poema Cântico do Calvário, mostra o sofrimento do negro no Brasil.
D
condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema Vozes d’África, exalta a força e a simpatia dos negros africanos.
E
ultrarromântico, a exemplo de Casimiro de Abreu que, com o poema Meus oito anos, recorda a escravidão que conhecera na infância.
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Resposta:
Resposta A
Explicação:
A poesia condoreira, vertente do Romantismo brasileiro da Terceira Geração e que teve em Castro Alves seu representante mais ativo, usa como temática a denúncia da escravidão e a exaltação dos ideais democráticos, como acontece no poema Navio Negreiro. Em Vozes d’África, ao contrário do que se afirma em D, o poeta compara a situação de liberdade e pujança em que viviam os negros na sua terra natal e a de opressão e violência em terras brasileiras, sob o jugo da escravidão.
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