Português, perguntado por jehmartins7684, 3 meses atrás

Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) Helena é uma professora de Língua Portuguesa e Literatura do Ensino Médio. Neste semestre, boa parte de suas aulas está voltada à abordagem de obras literárias indicadas para a prova do vestibular de uma importante universidade da região, de modo que possa colaborar no preparo de seus alunos. No fim da aula desta manhã, durante discussões sobre a obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada, da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, um de seus alunos fez o seguinte apontamento: "Professora, eu gostei muito do livro e, por isso, decidi pesquisar mais sobre a autora. E, na internet, eu encontrei muita coisa sobre a forma de a autora escrever, alguns dizendo que ela escrevia ‘errado’, que o texto dela deveria ser revisado. O que você pensa sobre isso?" Helena, diante do questionamento do aluno, agiu com calma e tranquilidade, justamente por ser essa uma cena comum nas salas de aula de hoje: alunos curiosos, com acesso a uma grande quantidade de informações na internet, e que procuram sempre trazer assuntos polêmicos para a escola. Além disso, ela está a par da situação, pois tem lido muito a respeito, o que lhe permitiu mencionar rapidamente com a turma a existência de opiniões divergentes, algumas das quais ressaltam que "preservar a grafia e os desvios da norma na obra de Carolina é conferir a ela uma autoria singular" (Tenório, 2021), enquanto outras argumentam que as correções deveriam ser feitas, pois algumas marcas "não acrescentam nada à discussão da sua linguagem e não dignificam seu texto" (Amarante, 2021)

Soluções para a tarefa

Respondido por Taddei

As marcas da oralidade e a escrita não ortográfica de Carolina Maria de Jesus são um relato em si. Esses elementos podem contribuir para a descrição de uma sociedade decadente que não prioriza seus iguais.

Níveis de linguagem, escrita ortográfica e denúncia social

Objetivo da sequência didática:

identificar o nível de linguagem que pode ser considerado padrão para a comunidade onde a escola está inserida.
associar a linguagem de Carolina à descrição sócio-economico-cutural do local onde a autora estava inserida.
refletir sobre as limitações do não domínio da linguagem padrão.

A sequência didática para alunos do Ensino Médio poderá contemplar o levantamento

dos termos com a escrita não ortográfica de Carolina.
de termos da linguagem coloquial usados na comunidade onde está inserido o aluno.

Entrevista

Na sua comunidade, qual nível de fala é considerado de prestígio e por quê?

registro e compartilhamento das respostas a esse questionamento.

exibição das respostas e da escrita não ortográfica de Carolina de Jesus em gráficos e tabelas .

Associação dos termos usados por Carolina à situação social em que estava inserida

levantamento de elementos que descrevam o local.
comparação com outros locais da cidade em que vivemos.

Complemento da questão

O desafio da professora Helena, então, é elaborar um plano de aula que permita a abordagem do tema, considerando o seu público-alvo (alunos do Ensino Médio).

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