Ed. Física, perguntado por Duudiinhaaa, 1 ano atrás

resumo sobre ética e estética no esporte (helpe)

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Respondido por clarymurray
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Olá

Na Grécia, parte da atração que os esportes olímpicos exerciam envolvia a celebração da beleza do corpo e do movimento, muitas vezes imortalizada em estátuas de mármore que representavam lançadores de disco, de peso, corredores.

Em alguns esportes, a atenção à estética é, claro, mais naturalizada. São os esportes nos quais a beleza do movimento, a graça e o equilíbrio, são fatores decisivos na colocação do atleta – a ginástica olímpica e artística, os saltos ornamentais, a patinação, e curiosamente, o boxe.
Como é que toda essa questão estética que marca o esporte se tornou hoje algo que, para alguns, é uma mera distração do verdadeiro sentido da competição? Reparar em uniformes, escudos, corpos, se tornou algo que reduz o indivíduo como fã de esportes. “Você só gosta porque é bonito” ou “Você só torce por esse time por causa daquele jogador” não são frases incomuns – especialmente ditas para mulheres fãs de esportes.

Da mesma maneira, poucas camisas oficiais são trazidas para as lojas do país em tamanhos e cortes femininos. A variedade de modelos de tênis e material esportivo diferenciado para garotas também decepciona. A mesma parte estética do esporte que é considerada “coisa de garota” é negada às… garotas.
Na filosofia, se algo traz consigo valor estético, essa coisa pode ser enquadrada como arte. Mas como algo tão funcional, acusado por intelectuais de ser mero pão e circo, pode ser arte? A filósofa Jan Boxill explica: “enquanto atletas podem mirar na beleza, esse não é o único objetivo, como também não é o único objetivo do artista.”
A ética esportiva está associada diretamente às condutas que demonstram o respeito ao esporte e aos demais esportistas através da troca de gentilezas entre atletas adversários, como estender a mão para auxiliar um adversário caído a se levantar, colocar uma bola para fora do jogo ao notar que um adversário está contundido, reconhecer uma boa atuação do adversário ou o simples cumprimento do vencido ao vencedor e vice-versa. Todas estas ações estão intimamente ligadas ao que chamamos de “Fair-Play” (jogo limpo).

O “Fair-Play” pode ser entendido como uma postura elegante dos participantes de uma competição esportiva, na qual se insere o respeito, a honestidade, a lealdade, a aceitação das regras vigentes e, principalmente, do entendimento de que os oponentes são apenas adversários esportivos e não inimigos mortais, sejam eles vencidos ou vitoriosos, com a consciência de que o outro é companheiro indispensável na prática do esporte.

É a manifestação da aceitação das decisões dos árbitros, pela vontade de jogar para ganhar e pela firme rejeição em conseguir a vitória a qualquer custo.

Por isso, o “Fair-Play” pode ser definido como a ética no mundo esportivo. Infelizmente, o “Fair-Play” é ameaçado por interesses pessoais ou comerciais que nada coincidem com os objetivos do esporte.

Neste sentido a ética esportiva cede espaço às condutas antiéticas, com o surgimento das trapaças, subornos, doping, entre outros.


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