resumo sobre a batalha do pirajá
os motivos.,quem participou,e como terminou
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A
data de hoje, 8 de novembro, não pode ser esquecida pelos baianos,
porque lembra grande e decisivo lance na sequência das lutas pela
conquista da independência da Bahia e, por extensão, do Brasil. Foi
nesse dia, em 1822, que o exército brasileiro impediu as forças
invasoras portuguesas de conquistarem o restante da Bahia, na sua
ambição de permanecerem colonizadores do Brasil.
A
organização do exército em Pirajá contou com forças oriundas de
Cachoeira, comandadas pelo coronel Rodrigo Antonio Falcão Brandão; de S.
Francisco, comandadas pelo alferes Francisco de Faria Dultra; uma
legião de caçadores comandada pelo tenente ajudante Alexandre Gomes de
Argolo Ferrão, do qual fazia parte o alferes Pedro Jácome Dória, que
morreu na luta; “o corpo dos Henrique Dias”, comandado pelo major Manoel
Gonçalves da Silva”. Teve ainda uma companhia de cavalaria denominada
de Guerrilha Imperial, composta de voluntários que ficaram conhecidos
como os encourados do Pedrão, porque tais soldados se vestiam com
roupas de couro, e foram comandados pelo Frei José Maria Brayner, que
depois veio a ser vigário de Itaparica. Um outro “corpo” foi organizado
sob o comando do major José Antônio da Silva Castro. Registram-se também
a existência de um batalhão de libertos, formado por ordem de Labatut,
de escravos de cor pertencentes a diversos engenhos. A estes batalhões
organizados na província juntaram-se outros, procedentes de outras
partes do país. Do Rio de Janeiro, veio o general Labatut, enviado por
D. Pedro para intimar Madeira de Melo a sair da capital e voltar para
Lisboa. Este comandante dividiu o exército em duas brigadas: a da
esquerda, comandada pelo coronel Felisberto Gomes Caldeira, ocupou
Itapuã; e a da direita, comandada pelo major José de Barros Falcão de
Lacerda, com o batalhão vindo de Pernambuco, ocupou desde a estrada de
Itapuã até o Cabrito.
Brás
do Amaral explica a importância de Pirajá por sua posição estratégica
entre a península e o centro. O alto de Pirajá, por onde passava a
estrada das Boiadas, tinha “de um lado terras onduladas, cobertas de
matas e onde nas baixas, entre as colinas, não faltam brejos e
alagadiços, e do outro a encosta que leva ao mar, isto é, às praias de
Itacaranha, Periperi, etc.” Quem aí desembarcava tinha de subir para
alcançar a estrada. “Chegando ao cimo e ficando assegurada toda ela, não
só fica o exército que a possuir em situação dominante sobre a enseada
de Itapajipe, como em estado de garantir a entrada de muitos víveres
frescos e gados na cidade.” (AMARAL, 1923, p. 284)
Foi
em 8 de novembro de 1822 que, afinal, deu-se a famosa batalha de
Pirajá, marco nas lutas pela independência do Brasil, conquistada em
terras baianas. No sítio do Cabrito, milhares de homens enfrentaram e
venceram o exército português, que estava devidamente preparado para
evitar o avanço do exército libertador sobre a cidade. Foi nessa batalha
que ocorreu o episódio do corneteiro Luiz Lopes, a quem se atribui o
impulso involuntário dado ao exército para continuar a luta,
contrariando a ordem do comandante de tocar a retirada.
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