Recentemente, acompanhando os últimos embates entre alunos e policiais na grande São Paulo, foi veiculado o seguinte texto:
Caos programado ou desastre estratégico? A necessidade de colocarmos as perguntas certas diante da reorganização do ensino público
Em outubro de 2015, o secretário da educação do estado de São Paulo, Herman Voorwald, anunciou um plano de reorganização do ensino de São Paulo. Seguindo os dados da Secretaria Estadual de Ensino (SEE), desde 1998, a rede estadual perdeu mais de 2 milhões de alunos, com uma tendência de queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar. Diante disso, uma reorganização tornou-se necessária. Com ela, o governo pretende transformar 43% das 5.108 escolas da rede em espaços de uma única faixa etária (1º a 5º ano, ou 6º a 9º ano ou, então, ensino médio) a partir de 2016. Com esse remanejo da população estudantil, 94 escolas serão fechadas para serem cedidas para a rede municipal de ensino ou serem reformadas para abertura de Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) ou, ainda, transformadas em prédios administrativos. Ainda, seguindo os argumentos do plano, as escolas que atendem uma única faixa etária apresentam um rendimento superior em relação às escolas que oferecem os três ciclos de ensino. [...] No entanto, o que vemos é simplesmente uma adequação do discurso do governo estadual com os documentos formulados pelo Ministério da Educação, pelas instituições internacionais e pelos trabalhos acadêmicos, que visam instrumentalizar e legitimar esses discursos vazios. Não existe nenhuma menção sobre como a população em idade escolar poderia ser atingida nesse plano. Não demonstra que se trata de um plano imposto de cima para baixo, que em nenhum momento debateu com os pais e responsáveis dos estudantes que também serão atingidos no momento em que os estudantes forem transferidos sem a sua vontade. Não se discute o que significa uma escola de ciclo único ter rendimentos superiores ao das escolas que oferecem os três ciclos. E tampouco explicita como os docentes serão atingidos com as mudanças. Aqui é preciso ficar claro que, com o atual remanejo de escolas, muitos professores não completarão a carga mínima de aulas na escola em que têm vínculo, deste modo, eles precisarão completar sua jornada em outras escolas. Ou seja, o governo utilizará ao máximo o trabalho dos docentes concursados, precarizando sua condição com locomoções diárias de uma escola para outra. (NAKAMURA, 2015).
Vamos ao desafio!
Agora, você deve responder criticamente à questão seguinte:
De acordo com o texto acima, qual será o futuro da educação no Brasil? Para resolver este desafio, você pode consultar outras fontes de pesquisa. Escreva no máximo 10 linhas.
Soluções para a tarefa
Segundo Nakamura, o autor do texto, o Estado de são Paulo criou um plano de ensino onde será trabalhada a educação de acordo com o ano que o estudante se encontra. Por exemplo, uma escola para alunos do 1º ao 5º ano, outra escola para alunos do 6º ao 9º anos e outra escola para o Ensino Médio. Precarizando desse modo o futuro da educação.
Plano de ensino do Estado de São Paulo
De acordo com o plano citado, muitas escolas foram fechadas ou cedidas para a Prefeitura de São Paulo, outras viraram Fatecs e Etecs (escolas profissionalizantes).
O motivo para colocar o plano em andamento foi que as escolas que possuem apenas os cilcos em questão tem um rendimento melhor do que as escolas que possuem vários ciclos.
No entanto, o autor do texto critica o plano do Estado de São Paulo, já que o que aconteceu foi apenas um remanejamento, sem uma base trabalhada e comprovada que o ensino é melhor dessa forma.
Outra crítica do autor está relacionada aos professores que não vão conseguir preencher sua carga-horária e terão de ir para outras escolas completar.
E assim, o Estado está precarizando a educação e seu futuro é incerto dessa forma.
Entenda mais sobre a reorganização escolar em: https://brainly.com.br/tarefa/9160631
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