quem produz mais forragem C3 ou C4
Soluções para a tarefa
c4
Explicação:
Algumas plantas, principalmente gramíneas (cana-de-açúcar e milho p.ex.) e parte das bromélias, desenvolveram um sistema complementar à via C3 chamado de via C4. Este sistema permite à folha o armazenamento de ácidos com 4 carbonos antes de estes serem captados pela rubisco. Neste caso há uma mudança morfológica importante que é a existência de uma bainha vascular, uma camada adicional de células que envolve os feixes vasculares. O CO2 é captado nestas células do mesofilo pela enzima Fosfo Enol Piruvato carboxilase (PEPc), presente nas células do mesofilo, a qual forma um composto de 4 carbonos que poderá ser descarboxilado a 3PGA e usado pela rubisco, presente nas células da bainha vascular. Nas células da bainha vascular, o ácido (malato por exemplo) e descarboxilado, formando CO2 novamente. Este mecanismo causa um aumento espetacular na concentração de CO2 na célula da bainha em relação à do mesofilo. Enquanto a pressão parcial de CO2 no mesofilo é da ordem de 150 µbar, na bainha vascular chega ser dez vezes maior (1500 µbar). Com isto, a rubisco fica em uma situação em que a concentração de substrato é muito alta, evitando a competição do oxigênio que leva à fotorrespiração.
Como um dos grandes problemas das plantas é a perda de água pelos estômatos quando estes estão abertos para permitir a entrada do CO2, o mecanismo C4, ao aumentar em dez vezes a concentração deste gás nas células da bainha vascular, acaba evitando a perda de água, pois o aproveitamento do CO2 é muito melhor do que em plantas C3.
A existência da via C4 é um exemplo interessante da relação estrutura-função em plantas. A bainha vascular e seus mecanismos bioquímicos acoplados à via C3 criaram, durante a evolução, uma espécie de “bomba” que torna o sistema fotossintético mais eficiente em certas situações, praticamente eliminando a fotorrespiração.
Há várias consequências importantes da presença da bainha vascular. Uma delas é que as taxas de absorção de CO2 são muito mais altas, pois o sistema pode armazenar mais carbono de forma intermediária (no ácido C4) tornando a planta relativamente menos dependente de controlar a abertura e fechamento de estômatos para prevenir a perda de água.
O resultado é que quando se compara o rendimento quântico de plantas C3 e C4 em diferentes temperaturas (Figura 2), nota-se que as diferenças entre o desempenho dos dois sistemas em diferentes temperaturas tem vantagens e desvantagens que dependerão do clima onde vivem. Enquanto as plantas C4 tem desempenho constante em temperaturas que variam entre 10 e 40o C, as C3 apresentam uma queda linear em desempenho quando se aumenta a temperatura.