Quem não se comunica...
“Havia no Rio de Janeiro nos anos de 1920 um gramático famoso, professor do Pedro II,
inimigo dos galicismos, dos pronomes mal colocados e da linguagem descuidada. Falava
empolado e exigia correção de linguagem até em casa com a família. Uma vez, esse gramático.
[...] foi passar férias em um hotel-fazenda em Teresópolis. Lá, um dia, decidiu dar um passeio a
cavalo pelos terrenos da fazenda. Por segurança, ia acompanhado de um cavalariço montado
em um burrinho. Pelas tantas, o cavalo do gramático disparou. O cavalariço foi atrás em seu
burrinho, gritando: ‘Doutor, puxe a rédea! Doutor, puxe a rédea!’
Nada aconteceu, até que o cavalo saltou um valado e jogou o gramático numa moita de
urtiga. Finalmente o cavalariço o alcançou, levantou-o e ajudou-o a se livrar de uns espinhos que
se grudaram nele. ‘Doutor, por que o senhor não puxou a rédea? Eu vinha gritando atrás, doutor,
puxe a rédea, doutor, puxe a rédea!’ O gramático, já senhor de si, perguntou: ‘E o que é puxar a
rédea?’
‘É fazer isso, ó’, e fez o gesto explicativo.
‘Ah! Dissesses sofreia o corcel, eu teria entendido.’”
VEIGA, José J. O Almanach de Piumhy. Rio de Janeiro: Record, 1988.
Leia novamente o texto “Quem não se comunica...” para responder à questão abaixo.
Esse texto é
A) um artigo.
B) um relato.
C) uma carta.
D) uma crônica.
E) uma fábula.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
uma crônica
Explicação:
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