Quando ocorreu a segunda regionalização oficial do Brasil, e em que essa regionalização se baseava?
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No processo de centralização do Estado Novo (1937-1946), os geógrafos doIBGE ficaram a cargo de questões como a diminuição da área de alguns estados.Por outro lado, foram também os geógrafos do IBGE que deram o suportetécnico para a criação de territórios como o de Iguaçú, entre Santa Catarina eParaná, na fronteira com a Argentina e o Paraguai, bem como o território de Ponta Porã, no estado de Mato Grosso. Ambos os territórios foram extintos porocasião da Constituição de 1946, quando da redemocratização do país, no pós-guerra. (GEIGER, 1998, p.63-4; ANDRADE, 1989, p. 69)Data igualmente deste período Estadonovista a primeira regionalização dopaís por Fábio Macedo Soares Guimarães. Esta primeira regionalização oficial doIBGE (houve várias outras desde 1843, iniciada por Carl Von Martius, passandopor Elisée Reclus, Delgado de Carvalho e outros) inspirada na GeografiaFrancesa introduzida por Delgado de Carvalho, utilizou-se de uma metodologiaaparentemente híbrida. Deu-se grande ênfase aos caracteres permanentes dapaisagem natural para a divisão do país em regiões naturais (GUIMARÃES,1941) e aos resultados apresentados pelo trabalho dos homens na paisagem,nas regiões fisiográficas (CORREA, 1986, p. 27. GEIGER, 1988, p.71).Estaregionalização serviu para o Estado Novo avançar politicamente contra asidentidades regionais e locais - os regionalismos de caráter político -, buscandodescaracterizá-las (GEIGER, 1988, p. A divisão oficial do Brasil em cinco regiões foi criada, em 1969, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas, antes disso, em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger já havia proposto uma outra divisão regional do país, em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais.
Ela se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes
Resposta:
Ao contrário da divisão regional oficial, esta regionalização não foi feita pelo IBGE. Ela surgiu com o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger no final da década de 60, nela o autor levou em consideração o processo histórico de formação do território brasileiro em especial a industrialização, associado aos aspectos naturais.
No processo de centralização do Estado Novo (1937-1946), os geógrafos doIBGE ficaram a cargo de questões como a diminuição da área de alguns estados.Por outro lado, foram também os geógrafos do IBGE que deram o suportetécnico para a criação de territórios como o de Iguaçú, entre Santa Catarina eParaná, na fronteira com a Argentina e o Paraguai, bem como o território de Ponta Porã, no estado de Mato Grosso. Ambos os territórios foram extintos porocasião da Constituição de 1946, quando da redemocratização do país, no pós-guerra. (GEIGER, 1998, p.63-4; ANDRADE, 1989, p. 69)Data igualmente deste período Estadonovista a primeira regionalização dopaís por Fábio Macedo Soares Guimarães. Esta primeira regionalização oficial doIBGE (houve várias outras desde 1843, iniciada por Carl Von Martius, passandopor Elisée Reclus, Delgado de Carvalho e outros) inspirada na GeografiaFrancesa introduzida por Delgado de Carvalho, utilizou-se de uma metodologiaaparentemente híbrida. Deu-se grande ênfase aos caracteres permanentes dapaisagem natural para a divisão do país em regiões naturais (GUIMARÃES,1941) e aos resultados apresentados pelo trabalho dos homens na paisagem,nas regiões fisiográficas (CORREA, 1986, p. 27. GEIGER, 1988, p.71).Estaregionalização serviu para o Estado Novo avançar politicamente contra asidentidades regionais e locais - os regionalismos de caráter político -, buscandodescaracterizá-las (GEIGER, 1988, p. A divisão oficial do Brasil em cinco regiões foi criada, em 1969, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas, antes disso, em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger já havia proposto uma outra divisão regional do país, em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais.
Ela se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes
Explicação: