Qual foi o papel de Dom Pedro na independência do Brasil
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A historiografia brasileira desde Varnhagen a Octávio Tarquínio de Sousa sempre apresentou
D.Pedro alheio à governação do Reino Unido até o momento em que Portugal, após a revolução do
Porto de 1820, começou a exigir o regresso da Família Real e no Rio de Janeiro os ministros e conse-
lheiros de DJoão VI aventaram a hipótese de ser apenas D.Pedro a atravessar o Atlântico.1
Assim, até
aos 22 anos, ficou o herdeiro da Coroa à margem das decisões políticas tomadas por seu pai.
O conde de Palmeia, que chegou ao Rio de Janeiro em Dezembro de 1820, opinou no sentido de
D.Pedro partir para Portugal a fim de acalmar os ânimos dos vintistas, mas só a 30 de Janeiro de 1821
o ministro mais escutado por D.João VI, Tomás António de Vilanova Portugal, se deu por convencido
da necessidade da viagem, mas dentro de limites bem definidos: "ir o príncipe real a ouvir, saber as
queixas, remediar o que for segundo as leis, e propor a V.Majestade as emendas ou reformas e,
segunda parte, nada de falar de Constituição, e tudo de melhoramentos e conservar a autoridade real
toda inteira".2
Segundo este ministro, D.Pedro iria numa missão puramente reformista e sobretudo
procuraria ignorar a convocação de Cortes e o projecto de uma Constituição.
Quando D.João VI consultou D.Pedro e este concordou com a partida, Tomás António fez as
últimas recomendações: o príncipe iria com o título de condestável, "pois levava com ele toda a
autoridade militar e toda a preponderância civil". Título antigo destinado a espantar quaisquer
"formas estrangeiras que sejam coartadoras da real autoridade", ou seja, nada de imitações das
Cortes de Cádiz que tinham obrigado Fernando VII a aceitar o que ele não queria, uma constitui-
ção demasiado democrática como era a espanhola de 1812.
xoxo.
D.Pedro alheio à governação do Reino Unido até o momento em que Portugal, após a revolução do
Porto de 1820, começou a exigir o regresso da Família Real e no Rio de Janeiro os ministros e conse-
lheiros de DJoão VI aventaram a hipótese de ser apenas D.Pedro a atravessar o Atlântico.1
Assim, até
aos 22 anos, ficou o herdeiro da Coroa à margem das decisões políticas tomadas por seu pai.
O conde de Palmeia, que chegou ao Rio de Janeiro em Dezembro de 1820, opinou no sentido de
D.Pedro partir para Portugal a fim de acalmar os ânimos dos vintistas, mas só a 30 de Janeiro de 1821
o ministro mais escutado por D.João VI, Tomás António de Vilanova Portugal, se deu por convencido
da necessidade da viagem, mas dentro de limites bem definidos: "ir o príncipe real a ouvir, saber as
queixas, remediar o que for segundo as leis, e propor a V.Majestade as emendas ou reformas e,
segunda parte, nada de falar de Constituição, e tudo de melhoramentos e conservar a autoridade real
toda inteira".2
Segundo este ministro, D.Pedro iria numa missão puramente reformista e sobretudo
procuraria ignorar a convocação de Cortes e o projecto de uma Constituição.
Quando D.João VI consultou D.Pedro e este concordou com a partida, Tomás António fez as
últimas recomendações: o príncipe iria com o título de condestável, "pois levava com ele toda a
autoridade militar e toda a preponderância civil". Título antigo destinado a espantar quaisquer
"formas estrangeiras que sejam coartadoras da real autoridade", ou seja, nada de imitações das
Cortes de Cádiz que tinham obrigado Fernando VII a aceitar o que ele não queria, uma constitui-
ção demasiado democrática como era a espanhola de 1812.
xoxo.
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