Qual a relação entre a expansão árabe e as grandes navegações
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reaquecimento do comércio no final da Idade Média trouxe uma série de transformações na economia e na sociedade européia como um todo. A integração comercial com os países do Oriente sedimentou a formação de um amplo mercado consumidor interessado na compra de produtos manufaturados e especiarias provenientes de países como Índia e China. No entanto, esse comércio era caracterizado por alguns entraves que impediam sua expansão.
Para que alguém tivesse acesso a essas mercadorias, era necessário percorrer longas rotas comerciais geralmente intermediadas por árabes, comerciantes de algumas cidades italianas e as grandes feiras que distribuíram tais produtos na Europa. Dessa forma, o valor final destas mercadorias acabava ganhando um valor elevado mediante o grande número de atravessadores que integravam a circulação destes bens. Com isso, este comércio se restringia a uma pequena população de alto poder aquisitivo.
Outro fator que também pesava contra a expansão comercial era a falta de moedas no interior da própria economia européia. A escassez de metais preciosos e o escoamento das moedas disponíveis para o mundo Oriental surgia como um outro empecilho ao desenvolvimento mercantil. Mediante tal situação, o comércio se via prejudicado por tamanha dificuldade e, consequentemente, a expansão de toda a economia européia se via inviabilizada.
A solução para essas dificuldades surgiu por meio de dois acontecimentos históricos que contribuiu no vislumbre de um novo panorama sócio-econômico. Em primeiro lugar, damos destaque ao processo de consolidação das monarquias na Europa, que contou com o forte apoio da burguesia, tendo em vista o seu interesse em viabilizar a formação de um cenário político estável e a propagação de padrões monetários e tributários que pudessem garantir seus lucros.