Geografia, perguntado por LOUDBAK777, 6 meses atrás

qual a consequência econômica dos EUA? expulsaram os latinos,com a lei que expulsa imigrantes latinos...?​

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Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

A crise financeira norte-americana possui raízes bem mais profundas do que parece à primeira vista, bem como conseqüências sociais bem mais graves do que aparenta. O processo em curso atualmente não é um acontecimento extraordinário que emerge por razões casuais, mas é decorrência de um processo histórico e um conjunto de determinações mais amplas, cuja aparência pode enganar.

Em que pese exista momentos de verdade em todas estas análises, em sua totalidade e em si mesmas, são equivocadas. Uns enfatizam os “fatores estruturais” e outros os “conjunturais”, não percebendo que estão entrelaçados. Daí uns enxergam aproximação da “crise final do capitalismo” e outros “crise passageira”, com as abordagens intermediárias. As conseqüências poderiam ser a guerra e o colapso do capitalismo, gerando mais pobreza, conflitos, destruição e nova onda de guerras, na concepção mais estrutural enquanto que na concepção mais conjuntural, seriam falências, aumento da inflação, etc., que poderiam ter impacto maior ou menor, dependendo das medidas estatais e outras ações no mercado mundial para conter este processo.

O processo está ligado a uma característica permanente do capitalismo, que é a tendência declinante da taxa de lucro. Esta tende a se aprofundar cada vez mais com o desenvolvimento histórico do capitalismo, mas este cria contratendências e busca desacelerar este processo. O desenvolvimento tecnológico e o acúmulo cada vez maior de trabalho morto (meios de produção, trabalho materializado em mercadorias) são as principais causas desta tendência. A intervenção estatal, o aumento de produtividade, a captação de recursos externos via exploração internacional, o aumento da massa de lucro, são as principais estratégias para se combater o seu aprofundamento e aceleramento. A resistência nacional contra a exploração internacional e a pressão dos trabalhadores e outros setores sociais são os principais obstáculos para tal realização. A cada época do desenvolvimento do capitalismo, se instaura um regime de acumulação que cristaliza uma determinada formação estatal, relações internacionais e organização do processo de trabalho, que lhe caracterizam e apresentam as formas existentes de combater esta tendência declinante da taxa de lucro médio.

O que vem ocorrendo, é que o atual regime de acumulação – o regime de acumulação integral, fundado no neoliberalismo, no toyotismo e no neo-imperialismo – já não está conseguindo conter esse processo, o que conseguiu relativamente nos anos 1980 e principalmente nos anos 1990, que foi o seu período de auge. Agora, há indicadores de que o regime de acumulação integral inicia o seu processo de declínio. O aumento da taxa de lucro médio nos anos 1990 vem sendo substituído pelo declínio a partir do ano 2000.

A grande questão é que a queda da taxa de lucro médio tende a produzir efeitos inflacionários crescentes e outras determinações aprofundam tal tendência. A inflação tende, com o aumento dos preços, a restringir parte do mercado consumidor. Porém, uma das estratégias voltadas para diminuição da tendência declinante da taxa de lucro é aumentar a massa de lucro, ou seja, produzir cada vez mais mercadorias e vendê-las, o que cria a necessidade constante de aumento do mercado consumidor. O novo regime de acumulação contribui com o aumento do mercado consumidor em alguns setores, mas diminui o consumo da camada mais empobrecida da população, afetada pelo desemprego e outros processos paralelos.

Umas das formas de manter um mercado consumidor é o sistema de crédito, que cada vez mais fica presente na vida cotidiana das pessoas desde o final da Segunda Guerra Mundial. O sistema de crédito permite o consumo mesmo para aqueles que não possuem recursos financeiros imediatamente.  

Este conjunto de elementos ajuda a compreender a crise financeira norte-americana e seus desdobramentos mundiais, bem como suas conseqüências. No final dos anos 1990, houve uma expectativa elevada com a emergência das empresas ponto com (empresas da internet como a AMAZON por exemplo) em relação a elas, o que gerou diversos investimentos que, no entanto, não tiveram prosseguimento e em 2000 tais empresas entraram em crise. A bolha da economia planetária explodiu. Isto, ao lado da queda da taxa de lucro médio e por acontecimentos conjunturais, tal como o atentado de 11 de setembro, provocou a reação do Federal Reserve, o banco central norte-americano, que reduziu as taxas de juros visando aquecer o mercado e retomar o crescimento. O FED (Federal Reserve) também promoveu um incentivo ao sistema de crédito e isto, aliado com a baixa dos juros, provocou uma valorização dos imóveis.  

Explicação:

SE BASEI NESSE TEXTO E TERÁS NOÇÃO MAIS OU MENOS SOBRE O DEVIDO ASSUNTO ECONOMICO

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