quais sao as variantes linguisticas na publicidade e propaganda?
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RESUMO
Toda língua, por ser um fenômeno social, é heterogênea, está em constante transformação e
apresenta vários processos de variação linguística, condicionados por fatores internos
(linguísticos) e externos (extralinguísticos) como origem geográfica, status socioeconômico, grau
de escolarização, idade, sexo, mercado de trabalho e redes sociais do falante. Com a língua
portuguesa, falada no Brasil, principalmente, não podia ser diferente. Há uma grande
miscigenação de povos, de raças, de culturas, que contribuem para a diversidade linguística
brasileira. Diante disso, a escola e a sociedade não podem deixar de reconhecer as variedades
linguísticas do português brasileiro, quaisquer que sejam, assim como não podem negar ou
dificultar o acesso dos alunos ao domínio das variedades linguísticas que eles desconhecem. A
abordagem da variação deve ser efetiva no contexto escolar, mas, para que isso aconteça, os
professores devem apropriar-se dos estudos sociolinguísticos. Sendo assim, levando em
consideração que o anúncio publicitário é um gênero textual multimodal, de circulação real, muito
próximo da oralidade e faz parte do cotidiano dos alunos, explorando as diferentes modalidades
da língua de acordo com seu público-alvo, o contexto da mídia em que será veiculado e a
mensagem a ser transmitida, encontramos, nos anúncios publicitários, suporte pedagógico para
estudo e abordagem da variação linguística nas salas de aula. Desse modo, nesta comunicação,
temos como objetivo: i) apresentar estudo das variedades linguísticas (dialeto, socioleto,
cronoleto, idioleto, sexoleto, etnoleto, tecnoleto) por meio de análises de anúncios publicitários
encontrados em revistas de circulação mensal e semanal como Veja, Caras, dentre outras e na
Internet, unindo a teoria à prática; ii) demonstrar a importância do texto publicitário para os
estudos sociolinguísticos, sobretudo, no que diz respeito à abordagem da variação linguística. O
embasamento teórico principal para a realização deste trabalho foi pautado nos estudos de Labov
(1972), Tarallo (1985), Camacho (1998), Monteiro (2002), Bortoni-Ricardo (2004-2008) e
Coelho et al (2010