Preciso de uma análise crítica do filme,como eu era antes de você!
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Não tinha momento mais inoportuno para Lou ficar desempregada. O salário que ganhava na confeitaria na pequena cidade em que morava era o responsável por sustentar toda a sua família. Mas em momento algum ela se abalava ou se queixava de carregar esse fardo. Com poucas qualidades técnicas e nenhuma aptidão por uma área profissional, Lou (Emilia Clarke, mundialmente reconhecida como Daenerys Targaryen de Game of Thrones) enfrenta certa dificuldade para se reinserir no mercado de trabalho. Até que na agência de empregos surge uma oportunidade de ouro: uma vaga para acompanhante de deficiente físico. A família em questão pagava bem e não exigia nenhuma experiência prévia. A vaga perfeita para Lou.
Essa é a forma com que a família Traynor recebe a sua nova contratada e o filme estabelece o seu principal conflito com a interação entre Lou e Will Traynor (Sam Claflin, da franquia de Jogos Vorazes e de Simplesmente Acontece), que já está há dois anos tetraplégico após ser atropelado por uma moto em um dia chuvoso. Entende-se por conflito aqui a interação de duas pessoas completamente diferentes. Lou releva todos os problemas de sua vida mantendo sempre o bom humor e o alto astral que se percebe pelas combinações nada óbvias de cores em seu figurino. Já a sobriedade de William e o seu desgosto com o rumo que sua vida tomou após o acidente está na sisudez e seriedade da moderna decoração em sua residência: um anexo – literalmente falando – da mansão onde reside com os pais.
No início, Como Eu Era Antes de Você não consegue se desviar dos clichês, apostando em piadinhas bobas e óbvias (como o aperto de mãos, a referência à Stephen Hawking) e os personagens não fogem muito da dimensão proposta pelas características estereotipadas já descritas. Emilia Clarke se sobressai (e muito) nessa primeira metade do filme ao transmitir com sinceridade toda a inocência e positividade de sua personagem, principalmente ao se impor perante a Will ao afirmar que está ali pelo dinheiro que sua família necessita e enfrentará o que for preciso – inclusive o rancor dele – para obter o seu almejado salário.
Assim como na vida, onde tudo amadurece com o tempo, o filme de Thea Sharrock – estreante como diretora no cinema – se beneficia conforme o passar dos minutos. O roteiro (assinado por Jojo Moyes, a autora do livro em que o filme se inspirou) consegue melhorar sensivelmente o seu lado cômico ao explorar o ciúme crescente de Patrick (Matthew Lewis, o – agora nada – gordinho Neville Longbottom da cinessérie Harry Potter) conforme a sua namorada vai se integrando cada vez mais ao convívio da família Traynor, rendendo nesses momentos suas melhores cenas engraçadas.
A presença diária de Lou traz, evidentemente, uma certa leveza ao cotidiano de Will. Só que ao menor sinal de empolgação, seu organismo revela o quanto sua saúde é frágil. Caso da pneumonia que ele adquire ao ser convencido a ir ao casamento de Alicia – sua ex-namorada (participação de Vanessa Kirby, de Evereste e O Destino de Júpiter). Algo impensável já que os únicos momentos em que Will aceitava sair de casa era quando ia aos check-ups médicos periódicos.
Ficar doente facilmente, uma lesão na médula espinhal irreversível que impossibilita o retorno à uma vida ativa e esportiva ou as chances praticamente nulas de viver um grande amor em toda a sua intensidade são fatores que levam Will a seguir os planos que já estabelecera previamente. Planos que serão executados independentemente da vontade de seus pais ou da presença de Lou nesses últimos meses.
Nesse aspecto – com a coragem do personagem de Sam Claflin – que Como Eu Era Antes de Você demonstra maturidade para lidar com o tema espinhoso. Embora não tenha o propósito de assumir uma posição social/política/moral sobre o assunto, o filme torna-se um ponto inicial para o debate, o que é sempre bem-vindo. Apresentando posições diversas através dos discursos de seus personagens, o final se encaminha para a (tão difícil) compreensão, opção que sempre deveríamos escolher seja qual for a temática da discussão.
Se Emilia Clarke tem uma importância fundamental na primeira metade do filme, o mesmo não podemos dizer na parte final. Pois Como Eu Era Antes de Você só não emociona mais, justamente porque ela não atinge o desempenho desejado nas cenas de elevada carga dramática – em especial num momento crucial para o filme: a cena da praia em que Will revela não desistir de seu plano, apesar de todas as viagens da “lista de desejos” planejadas por ela.
Essa é a forma com que a família Traynor recebe a sua nova contratada e o filme estabelece o seu principal conflito com a interação entre Lou e Will Traynor (Sam Claflin, da franquia de Jogos Vorazes e de Simplesmente Acontece), que já está há dois anos tetraplégico após ser atropelado por uma moto em um dia chuvoso. Entende-se por conflito aqui a interação de duas pessoas completamente diferentes. Lou releva todos os problemas de sua vida mantendo sempre o bom humor e o alto astral que se percebe pelas combinações nada óbvias de cores em seu figurino. Já a sobriedade de William e o seu desgosto com o rumo que sua vida tomou após o acidente está na sisudez e seriedade da moderna decoração em sua residência: um anexo – literalmente falando – da mansão onde reside com os pais.
No início, Como Eu Era Antes de Você não consegue se desviar dos clichês, apostando em piadinhas bobas e óbvias (como o aperto de mãos, a referência à Stephen Hawking) e os personagens não fogem muito da dimensão proposta pelas características estereotipadas já descritas. Emilia Clarke se sobressai (e muito) nessa primeira metade do filme ao transmitir com sinceridade toda a inocência e positividade de sua personagem, principalmente ao se impor perante a Will ao afirmar que está ali pelo dinheiro que sua família necessita e enfrentará o que for preciso – inclusive o rancor dele – para obter o seu almejado salário.
Assim como na vida, onde tudo amadurece com o tempo, o filme de Thea Sharrock – estreante como diretora no cinema – se beneficia conforme o passar dos minutos. O roteiro (assinado por Jojo Moyes, a autora do livro em que o filme se inspirou) consegue melhorar sensivelmente o seu lado cômico ao explorar o ciúme crescente de Patrick (Matthew Lewis, o – agora nada – gordinho Neville Longbottom da cinessérie Harry Potter) conforme a sua namorada vai se integrando cada vez mais ao convívio da família Traynor, rendendo nesses momentos suas melhores cenas engraçadas.
A presença diária de Lou traz, evidentemente, uma certa leveza ao cotidiano de Will. Só que ao menor sinal de empolgação, seu organismo revela o quanto sua saúde é frágil. Caso da pneumonia que ele adquire ao ser convencido a ir ao casamento de Alicia – sua ex-namorada (participação de Vanessa Kirby, de Evereste e O Destino de Júpiter). Algo impensável já que os únicos momentos em que Will aceitava sair de casa era quando ia aos check-ups médicos periódicos.
Ficar doente facilmente, uma lesão na médula espinhal irreversível que impossibilita o retorno à uma vida ativa e esportiva ou as chances praticamente nulas de viver um grande amor em toda a sua intensidade são fatores que levam Will a seguir os planos que já estabelecera previamente. Planos que serão executados independentemente da vontade de seus pais ou da presença de Lou nesses últimos meses.
Nesse aspecto – com a coragem do personagem de Sam Claflin – que Como Eu Era Antes de Você demonstra maturidade para lidar com o tema espinhoso. Embora não tenha o propósito de assumir uma posição social/política/moral sobre o assunto, o filme torna-se um ponto inicial para o debate, o que é sempre bem-vindo. Apresentando posições diversas através dos discursos de seus personagens, o final se encaminha para a (tão difícil) compreensão, opção que sempre deveríamos escolher seja qual for a temática da discussão.
Se Emilia Clarke tem uma importância fundamental na primeira metade do filme, o mesmo não podemos dizer na parte final. Pois Como Eu Era Antes de Você só não emociona mais, justamente porque ela não atinge o desempenho desejado nas cenas de elevada carga dramática – em especial num momento crucial para o filme: a cena da praia em que Will revela não desistir de seu plano, apesar de todas as viagens da “lista de desejos” planejadas por ela.
Erichh:
acabei de ver isso na internet
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