Preciso de um texto de 25 linhas sobre antropologia brasileira
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antropologia feita no Brasil atualmente diferencia-se das vertentes dominantes, desenvolvidas em centros reconhecidos de produção intelectual, por fazer parte do conjunto de disciplinas chamado "ciências sociais". Este fato é pleno de conseqüências. Até os anos 1960, por antropologia entendia-se, de forma dominante, se não exclusiva, o estudo "canônico" de sociedades tribais, como era regra geral na época. Essa antropologia se situava no contexto mais amplo da arqueologia, antropologia física, paleontologia e, de forma especial, encontrava-se nos museus. A influência, quando não a origem, germânica tinha, até então, dominado a antropologia no Brasil, seja por ocasião das expedições do século XIX, seja por via de pesquisadores e professores universitários da primeira metade do século XX. A partir de 1960, época que corresponde à fundação dos programas de pós-graduação em antropologia, a disciplina passa a se conceber como genuína ciência social, caracterizando-se por estudos de grupos tribais, do contato interétnico e de populações rurais e urbanas. O compromisso com a sociedade brasileira nas dimensões social e política tem sido uma das marcas das ciências sociais no país.
Sociogênese. A década de 1930, no Brasil, foi marcada por uma consciência de país novo. Esse contexto levou à institucionalização das ciências sociais como parte do projeto de construção nacional. A idéia dominante era a de que a sociologia, então concebida em termos amplos, ajudaria a identificar alternativas para um futuro melhor para o país. Novos líderes políticos eram necessários, pois se acreditava que a falta de uma elite educada e conhecedora da realidade nacional impedia um desenvolvimento sociopolítico adequado. Direta ou indiretamente, essas as razões que impulsionaram a fundação de várias escolas e faculdades onde se ensinava sociologia. O projeto de educação nascia de uma motivação política forte no contexto de modernização acelerada. Assim, atualizava-se a tradição do iluminismo que gestou a sociologia na França, quando esta se institucionalizou no século XIX com a promessa de tornar a ciência disponível para o aprimoramento da vida social. É de projeto similar que, no Brasil, surge a ambição de analisar, compreender e transformar a sociedade um empreendimento social explicitamente comprometido.
A distinção entre antropologia e sociologia. Nas décadas de 1950 e 1960, quando a sociologia já havia se estabelecido como disciplina hegemônica entre as ciências sociais, os antropólogos tornaram-se alvo de críticas dos sociólogos por sua falta de rigor teórico. A tentativa de configurar uma antropologia nos padrões tradicionais, mas que, ao mesmo tempo, refletisse as conquistas da sociologia recém-consolidada, fez surgir o conceito de "fricção interétnica". Foi necessário um processo de cissiparidade para que da sociologia surgisse uma antropologia com a marca feita-no-Brasil, tornando as duas disciplinas interlocutoras privilegiadas desde então.
Sociogênese. A década de 1930, no Brasil, foi marcada por uma consciência de país novo. Esse contexto levou à institucionalização das ciências sociais como parte do projeto de construção nacional. A idéia dominante era a de que a sociologia, então concebida em termos amplos, ajudaria a identificar alternativas para um futuro melhor para o país. Novos líderes políticos eram necessários, pois se acreditava que a falta de uma elite educada e conhecedora da realidade nacional impedia um desenvolvimento sociopolítico adequado. Direta ou indiretamente, essas as razões que impulsionaram a fundação de várias escolas e faculdades onde se ensinava sociologia. O projeto de educação nascia de uma motivação política forte no contexto de modernização acelerada. Assim, atualizava-se a tradição do iluminismo que gestou a sociologia na França, quando esta se institucionalizou no século XIX com a promessa de tornar a ciência disponível para o aprimoramento da vida social. É de projeto similar que, no Brasil, surge a ambição de analisar, compreender e transformar a sociedade um empreendimento social explicitamente comprometido.
A distinção entre antropologia e sociologia. Nas décadas de 1950 e 1960, quando a sociologia já havia se estabelecido como disciplina hegemônica entre as ciências sociais, os antropólogos tornaram-se alvo de críticas dos sociólogos por sua falta de rigor teórico. A tentativa de configurar uma antropologia nos padrões tradicionais, mas que, ao mesmo tempo, refletisse as conquistas da sociologia recém-consolidada, fez surgir o conceito de "fricção interétnica". Foi necessário um processo de cissiparidade para que da sociologia surgisse uma antropologia com a marca feita-no-Brasil, tornando as duas disciplinas interlocutoras privilegiadas desde então.
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