Sociologia, perguntado por rafapleylopesov3p2l, 5 meses atrás

para Marx e engels qual era o caminho para a verdadeira cidadania?​

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Respondido por marcusviniciushudson
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Resposta:

Assim, numa determinada sociedade, a autoridade do homem sobre o homem é inversamente proporcional ao estágio de desenvolvimento intelectual que essa sociedade alcançou; e a provável duração dessa autoridade pode ser calculada a partir do desejo mais ou menos geral de um verdadeiro governo — isto é, de um governo científico. E assim como o direito da força e o direito do artifício recuam diante do avanço constante da justiça, e devem finalmente se extinguir em igualdade, assim a soberania da vontade cede à soberania da razão, e deve enfim se perder no socialismo científico.

Respondido por matheusfsreal
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Resposta:

Segue abaixo um artigo esclarecendo sua dúvida.

Explicação:

O objetivo da presente resposta é identificar a crítica de Marx ao conceito moderno de cidadania. A hipótese principal é que os fundamentos da crítica de Marx ao direito e a cidadania permanecem válidas na pós-modernidade. Até porque a disparidade ontológica entre capital e trabalho persiste no capitalismo financeiro.

A cidadania, como fenômeno social de relevante  importância,  tem  suscitado  acaloradas discussões em diversos seguimentos  da  sociedade.  Com efeito, a preocupação  em  construir   conceitualmente  a   cidadania   é   extremamente   importante   porque   elege   os   elementos  necessários  para  a  compreensão dos direitos do cidadão.

Assim sendo, inicialmente a noção de cidadania, em linhas gerais, compreende os aspectos da vida  em  sociedade como um todo, na  medida  que  representa  tanto o direito  ao  sufrágio do voto como a possibilidade de colaborar, seja direta ou indiretamente, nos  destinos da  sociedade através  da  participação cívica.  

A idéia  de cidadania  sugere  que  se leve  em  consideração  seus  elementos integrantes, etimológica e historicamente, conforme assinala Manzini Covre (2003, p.11) no que:

[…] penso que a cidadania é o próprio direito  à  vida no sentido  pleno. Trata-se de um direito que  precisa  ser  construído  coletivamente,  não só em termos do atendimento às necessidades básicas,  mas de acesso a todos  os  níveis  de  existência,  incluindo o  mais abrangente, o papel do(s) homem(s) no Universo.

Etimologicamente, o termo cidadão é entendido como habitante  da  cidade.  Assim como cidadania é o exercício indistinto daquele que  habita  a  cidade,  ou seja,  o  cidadão.  O termo assumiu um sentido político, social e jurídico à medida que os habitantes  da  cidade assumiram a luta pela consagração de certos direitos  e  garantias  ao  longo da história.

Sendo assim, a cidadania é entendida como sendo o próprio direito à  vida  em  plenitude, conforme sugere Rousseau (1991), que acaba incorporando elementos como liberdade,  dignidade e participação cívica ao exercício de direitos, bem como a mobilização social em nome da melhoria da qualidade de vida, desde a salvaguarda  dos direitos civis e políticos  em  um  determinado Estado até o desempenho dos direitos e deveres reservados aos cidadãos, por exemplo, através  do  sufrágio  do  voto  nas  eleições,  da  reivindicação por políticas públicas  eficazes, pelo direito à greve e pela iniciativa popular na sugestão da elaboração de legislações ao Congresso Nacional (art.14, III, Constituição Federal).    

Para Engels, dessa forma, o cidadão constitui no entendimento de Pinsky (2003), aquele que é  possuidor do direito à vida, à liberdade,  à  propriedade,  à  igualdade perante  a  lei, enfim dos direitos civis. Da mesma forma, quem participar dos destinos  da  sociedade,  votando e sendo votado, traduz os direitos políticos. Sendo que os direitos  civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva.  

Por conseguinte, a cidadania plena construída historicamente pelos indivíduos deve comportar os direitos civis, políticos e sociais.  Observa ainda Pinsky (2003, p. 9) que:

Para Marx, a cidadania não é uma definição estanque, mas um  conceito histórico,  o que  significa  que  seu sentido varia no tempo e no  espaço. […] Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania  vêm se alterando  ao  longo   dos  últimos  duzentos  ou  trezentos anos.  Isso ocorre  tanto  em  relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão  para  sua  população   (por  exemplo,   pela   maior  ou   menor incorporação  dos  imigrantes  à  cidadania),  ao   grau   de  participação política  de  diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto),  quanto aos direitos sociais,  à  proteção  social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.

Para tanto, a noção de cidadania  enquanto participação cívica da população nos negócios públicos, como momento de deliberação das questões que dizem respeito  a toda coletividade, se refere a luta pelo saneamento básico, acesso à escola, seguridade social, lazer, dentre outros   aspectos  da vida social, que contribuem para uma melhor qualidade de vida e que  necessitam fundamentalmente da participação e fiscalização dos cidadãos para sua efetiva aplicabilidade.  

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