História, perguntado por biancastefany4, 1 ano atrás

o reino dos hebreus de Judá e Israel

Soluções para a tarefa

Respondido por ednaellenr
5

O Reino de Judá (em hebraico: מַמְלֶכֶת יְהוּדָה, Mamlekhet Yehuda), limitava-se ao Norte com o Reino de IsraelSetentrional, a Oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao Sul com o deserto de Neguev, e a Leste com o rio Jordão e o mar Morto e o Reino de Moabe. Era uma região alta, geograficamente isolada por colinas de montanhas ao oeste, o mar Morto a leste e pelo deserto de Negueve ao sul. Sua capital era Jerusalém, onde encontrava-se o Templo de Jerusalém, o qual segundo a Bíblia, teria sido erigido por ordem do rei Salomão para abrigar a Arca da Aliança (ou Arca do Pacto).

Após a divisão do reino, no sexto ano do rei Roboão, o faraóSheshonq I invade o território dos hebreus e transforma o Reino de Judá num estado tributário. Esse fato é pouco evidenciado no relato bíblico, mas comprovado por inscrições egípcias. (Inscrição mural sobre Sheshonq I no Templo de Karnak e a estela de Megiddo). Devido à sua posição estratégica às portas da península do Sinai e acesso ao Baixo Egito, foi utilizada pelo faraó como um Estado "tampão", o que lhe pouparia de usar seus próprios exércitos para defender esta fronteira.

O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe,Amom e os filisteus. A Bíblia afirma eque o Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em Deus (Jahvéou Jeová), enquanto que Israel setentrional tornara-se fortemente influenciado pela cultura cananeia e pela religião fenícia. O culto a Hashem e preservação da linhagem real davídica do qual deveria vir o prometido Messias, de acordo com os profetas do Velho Testamento, a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino de Judá, ao passo que opoliteísmo de Israel Setentrional teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes (enquanto o Reino de Judá permaneceu sob a dinastia dos descendentes do reiDavid, o Reino de Israel setentrional passou por várias dinastias e golpes de Estado).

A arqueologia vem demonstrando que durante os séculos IX e VIII a.C. Judá não passava de uma região atrasada, predominantemente rural, prejudicado pelo isolamento geográfico e com uma população politeísta formada principalmente por pastores nômades e mencionado por fontes estrangeiras pela primeira vez apenas em 750 a.C., dois séculos após a formação do reino de Israel. Este, por outro lado, localizado numa região mais privilegiada para a agricultura e rota de comércio entre os portos fenícios e os Estados mesopotâmicos, gozou de grande desenvolvimento anterior, durante os séculos IX e VIII a.C., estendendo suas fronteiras entre os territórios arameus ao norte da Galileia, instalando palácios em diversas partes do reino e formando um poderoso exército.[1]

O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras emergentes quando a capital de Israel, Samaria foi tomada pelo rei assírio Sargão II, em 722 a.C., o que o levou a buscar prestar vassalagem junto à Assíria. Ironicamente, a destruição do reino do norte pelos assírios causou um grande florescimento do reino de Judá, ao sul. A população cresceu enormemente, alimentada pelos refugiados hebreus do norte e, Jerusalém, antes uma pequena cidade de um reino pobre e isolado no sul, tornou-se o grande centro de influência entre todos os hebreus. Mais tarde, devido à recusa do rei Ezequias em continuar pagando tributos à Assíria, o rei Senaqueribeinvade o Reino de Judá e sitia Jerusalém, mas sem a conquistar. Segundo a Bíblia, o seu exército foi "subitamente destruído por obra de Deus". Os registros assírios em Nínive e os trabalhos arqueológicos realizados na região apontam para uma situação diferente. Embora Jerusalém tenha sido apenas saqueada e poupada da devastação e do terrorismo de estado praticados pelos assírios contra populações rebeldes, outras cidades do reino de Judá, como a rica Laquis, na região oeste do reino, não contaram com a mesma sorte e foram pilhadas, com seus moradores assassinados ou escravizados. [2] Ao encerrar Senaqueribe sua campanha na Palestina, o saldo para o reino de Judá foi desastroso, com uma redução de um terço da população do reino e a perda da rica região do Sefelá, produtora de cereais, transferida pelos assírios aos seus vassalos filisteus.

Perguntas interessantes